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Archive for maio 2010

Reflexão: Legalismo X Liberdade, quem está com a razão?

By : Kadu


Este é um exercício que fiz na faculdade de teologia que estou cursando, baseado na espiritualidade de Paulo, utilizando também a letra da música de João Alexandre, "Tudo é Vaidade" como apoio..., o resultado é o que está abaixo, depois da letra da música:


Vaidade no comprimento da saia, no cumprimento da lei
Vaidade exigindo prosperidade por ser o filho do Rei
Vaidade se achando a igreja da história
Vaidade Pentecostal
Vivendo e correndo atrás do vendo, tudo é vaidade


Vaidade juntando a fé e a vergonha
Chamando todos de irmãos
Vaidade de quem esconde a verdade
Por ter o povo nas mãos
Vaidade buscando Deus em si mesmo
Querendo fugir da cruz
Não crendo e sofrendo, perdendo tempo
Tudo é vaidade


Falsos chamados apostulados do lado oposto da fé
Dinheiro, saúde, felicidade aquele que tem contra aquele que é
Rádios, Tvs, auditórios lotados ouvindo o evangelho da marcha-a-ré
A morte se esconde atrás dos templos
Tudo é vaidade.


Extremos nunca foram a melhor opção em situação alguma. O extremo do conservadorismo, que faz as pessoas tomarem atitudes na extrema certeza e controle daquilo que estão fazendo, inclusive dos resultados, extremamente calculados, tem sido negado com o outro extremo, onde se faz o que quer, na hora que der vontade, sem cálculo algum de riscos, sem controle algum de qualquer coisa.
Não vejo verdade nem em um nem em outro. Acredito no equilíbrio. E creio que o cristianismo defendido por Paulo também é equilibrado em todas as suas formas de atuação. Sua espiritualidade prezava pelo conhecimento, pelos estudos, tanto que ele mesmo tinha muito conhecimento. Mas suas espiritualidade prezava, de igual modo, pela vida prática, onde muitas vezes o que é considerado sabedoria pra esse mundo deve ser considerado loucura, senão fica impossível viver aquilo em que ele cria ser o cristianismo verdadeiro.
Hoje também existem esses extremos, onde, por exemplo, o controle exercido por certos líderes faz com que pessoas se estribem pela extrema liberdade ou pelo extremo legalismo.
Talvez há de ser descrever melhor isso tudo, já que mesmo o que vemos de liberdade muitas vezes é mais uma das formas encobertas de um legalismo controlador: a lei é ser "livre"..., "como EU dito ser a tal liberdade", pensam alguns. Assim, tanto a liberdade é legalismo, quanto o legalismo é "liberdade".
Um dos grandes propósitos de se discutir tanto isso nas igrejas, infelizmente, tem sido o poder que o controle exercido sobre as pessoas traz. E em nossas instituições temos definido liberdade e legalismo em duas vertentes: liberdade é algo bom, que Deus fez, e que EU sei o que é pra MINHA instituição, que DEVE viver dessa maneira que EU digo ser a liberdade; legalismo é algo ruim e que as OUTRAS instituições pregam e ordenam para quem não vem à MINHA instituição, nem é MINHA ovelha, sendo que também posso ver legalismo nas atitudes daqueles que são contrários a MIM e a MINHA instituições e práticas.
Como diz a música "tudo é vaidade". E parece que é uma corrida mesmo..., todos estão lutando pra chegar em primeiro ao lugar da vaidade. Não percebem, porém, que estão correndo atrás do vento..., nunca vão chegar a lugar algum!
Vejo Paulo defendendo um cristianismo e uma espiritualidade livre. Já que em sua mente com certeza não havia essa confusão de termos.
Ele explica bem a liberdade, colocando porém o limite do amor ao próximo e do glorificar a Deus (cf. 1Co 10:23-33 e 1Co 13). Não há definição melhor pra liberdade que esses trechos de 1 Coríntios e Gálatas 5:13,14: "Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo com a ti mesmo".
Outra definição muito boa de liberdade, raramente é comentada devido ao que já escrevi sobre o pensamento religioso de hoje sobre liberdade, seria o que está descrito em Romanos (dentre outros trechos), no capítulo 6, que é a liberdade da carne, do pecado..., daquilo que nos leva à ter inclinações distantes da vontade e dos desígnios de Deus..., em Cristo Jesus somos livres dessa escravidão do pecado e da carne.
Lá em gálatas também entra uma ótima definição de onde está o equilíbrio da lei: no amor ao próximo como a si mesmo..., aí não há legalismo.
Porque, se fomos libertos por Cristo para a liberdade, para sermos justificados por meio da fé nEle, não devemos mais nos submeter à escravidão da Lei, "...visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei..." (Rm 3:20a). Em relação à lei e ao legalismo "...concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei" (Rm 3:28).
Estamos agora debaixo da "lei do Espírito da Vida, em Cristo Jesus, [que] te livrou da lei do pecado e da morte" (Rm 8:2).
Como libertos em Cristo por esse Espírito da Vida, devemos saber que nossa busca deve ser pelas coisas do alto, não nas que são aqui da terra, não na vaidade que tende a dominar nossos corações. Tudo porque, como diz em Colossenses, nossa vida agora está oculta com Cristo em Deus.
O grande problema da pergunta "Legalismo X Liberdade, quem está com a razão?" é o fato de que nem sabemos exatamente definir legalismo ou liberdade. Não sabemos, tampouco, e generalizando, entender o que é ser livre em Cristo, e o que é se limitar, seguir ordenanças e mandamentos, por amor ao próximo e à Deus, com o desejo de glorificá-lo em todas as circunstâncias.
Em nossa sub-cultura gospel brasileira, que predomina nas instituições religiosas evangélicas, todos estão certos em suas definições de legalismo e liberdade. Não deixam, portanto, muita margem pra que se possa ser trabalhado esses termos, a não ser que a definição correta seja previamente estabelecida, pra início de qualquer discussão. Seria necessário também o equilíbrio e a humildade, deixando de lado toda e qualquer forma de vaidade, pra entender, discutir ou transformar qualquer forma de dominação exercida pelo legalismo e pela "liberdade".
Portanto, creio que a razão está no equilíbrio que advém do entendimento da definição correta dos termos "legalismo" e "liberdade", principalmente "liberdade", sempre centrados em Deus e na sua palavra, não ferindo seus preceitos.

Pra que outros possam viver, vale a pena morrer... [Parte 2]

By : Kadu

continuação de ontem...
 
Quantos já foram a alguma campanha do negue-se a si mesmo? Campanha dos três passos para morrer? Ou a campanha das sete maneiras de amar o seu próximo como a si mesmo? Campanha dos quarenta dias de jejum pra que eu possa carregar a minha cruz? Não? Nunca foi? Por quê não? Ora, porque não é isso que é importante..., não é isso. Porque o importante é EU ter o carro do ano. Porque o importante é EU ser abençoado. O importante é EU mostrar o quão abençoado SOU..., preciso mostrar. Eu preciso mostrar!! Porque, afinal de contas, se ando de carro importado é porque Deus me deu, né, Deus me deu!! Porque é muito óbvio que Deus está muito mais se importando com o meu ego... 
Eu sou, eu sou tão espiritual e abençoado, que é muito óbvio pra mim, - e é muito óbvio só pra mim -, que Deus está mais preocupado em colocar dinheiro nas minhas mãos, pra que eu possa comprar coisas caras e tolas, do que está preocupado em colocar recursos sobre os meus cuidados, pra que eu possa, de alguma maneira, aliviar a dor dos aflitos...
Porque Deus é tão bom pra mim, Deus é tão sábio, Ele é tão misericordioso, que Ele prefere que eu compre, PRA MIM, o meu centésimo par de sapatos, Ele prefere... é, Ele prefere que eu faça isso mais do que prefere que eu compre algumas marmitas pra dar de comer às crianças de rua. 
Porque o importante é eu encher o meuceleiro até onde der. O importante é o MEU reino, é a MINHA justiça. Eu trabalhei! Eu suei! 
Não, não, não, não..., não foi Deus quem me deu, não. Não, não foi Deus quem me abençoou, não. Não..., foi EU quem ganhei. É justo!! Eu trabalhei, é meu. 
Porque o importante é eu viver como se não houvesse morte, - e Deus que me livre de pensar em morte..., coisa negativa não é Deus!! O importante é eu viver como se não houvesse morte, praque quando a minha hora chegar, eu venha a morrer como alguém que nunca quis viver. 
Porque está escrito na palavra de Deus em Mc 8 e Mt16: "Então Jesus começou a ensinar-lhes que era necessário que o filho do homem sofresse muitas coisas e fosse rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Fosse morto e, três dias depois, ressuscitasse. Ele falou claramente a este respeito. Então Pedro, chamando-o aparte, começou a repreendê-lo. (Vejam como desde o início, a igreja se escandalizou com a mensagem da morte) Jesus, porém, voltou-se, olhou para os seus discípulos e repreendeu Pedro, dizendo: "Arreda Satanás! Você não pensa nas coisas de Deus, mas nas coisas dos homens" ( Você não está de olho no reino de Deus, mas está de olho no reino dos homens!) Então Ele chamou a multidão e os discípulos e disse: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me" (Se quiser, se alguém quiser) Porquanto, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem perder a vida por minha causa, achá-la-á. Pois o que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que dará o homem em troca da sua alma? Porque o filho do homem, o Filho de Deus há de vir na glória do Seu Pai, Ele há de voltar com Seus anjos"
E então retribuirá a cada um, conforme as suas obras.
Quem fizer de tudo para garantir a sua vida neste mundo, não merecerá a vida no outro. E quem fizer de tudo para garantir a sua vida no outro mundo, perderá a sua vida neste, perderá o controle da sua vida neste mundo. Quem viver de olho nos tesouros deste mundo, receberá somente aquilo que este mundo é capaz de dar. Mas quem viver com os olhos fixos no tesouro eterno, este receberá, este haverá de receber aquilo que a eternidade tem pra dar. 
Entendam algo... Sabem por que existem religiosos fanáticos que se matam, que se suicidam, que dão as suas vidas para serem destruídas, sabe por quê? Porque eles estão pensando na eternidade, eles estão de olho na eternidade. E sabe por que vocês e recusa a negar-se a si mesmo e entregar o controle da sua vida a Deus? Porque você está pensando demais nesta vida. E mais, sabem por que é que estes fanáticos acabam dando as suas vidas? Porque eles passaram a vida toda, a vida inteira, ouvindo de seus mestres que morrer é algo valioso..., eles passaram a vida toda ouvindo de seus mestres que morrer é algo bom, é algo nobre, é algo honroso, que morrer gera vida. Gera vida. 
Mas e a igreja? Mas onde está a igreja? Onde está a voz profética? Onde estão os que pregam a verdade? Onde estão os que pregam: "morram"? Onde estão os mestres de Deus a gritarem: "Morram! Morram! Pra viver, morram! Por amor a Cristo, morram! Por amar a Deus acima de tudo, morram!"..., onde estão? Porquê os missionários moravianos se vendiam como escravos, pra poderem pregar aos escravos? Porque alguém lhes ensinou que esta vida não vale a pena ser vivida se não for vivida pra Deus. Alguém lhes havia ensinado que, pra que outros pudessem viver, valia a pena morrer. 
Enquanto muitos parecem estar fascinados demais com mestres que pregam apenas vida nesta vida... mestres que distorcem o significado de "vida em abundância"..., apesar disso..., apesar disso, existem alguns remanescentes, existem ainda alguns que se recusam a se prostrar diante dos bezerros de ouro. Existem ainda alguns que se permitem ser afligidos por amor a Cristo. Alguns que entenderam a voz do Espírito de Cristo, do Cristo que deu o exemplo a ser seguido, não apenas em vida, mas na morte de cruz..., e são capazes de dizer: "Já não sou eu quem vivo, mas Cristo vive em mim..., Cristo vive em mim". 
Amados, a vida é para os que creem, e os que creem não têm medo da morte, não devem ter medo da morte. Quem tem medo da morte não crê. E quem não crê, não viverá. E eis que a morte é o maior medidor da fé. Os que morrem são os que creem. 
E termino com um texto bíblico que está em 2Tm 4:2-4, diz assim: "Pregue a palavra (Pregue A PALAVRA), esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. (Porquê?) Porque chegará o tempo em que não suportarão a sã doutrina (chegará o tempo em que não suportarão os caminhos de Deus, os pensamentos de Deus); ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, juntarão mestres para si mesmos, segundo as suas próprias cobiças. E estes se recusarão a dar ouvidos à verdade..., se recusarão, voltando-se para as fábulas..., preferindo acreditar nos mentirosos finais felizes. 
Que este não seja você, para a glória de Cristo Jesus. Amém!

Pra que outros possam viver, vale a pena morrer...

By : Kadu

Seguindo adiante em tudo o que temos passado, me veio a mente uma pregação que já ouvi umas 10 vezes pelo menos, e quem fala muito ao meu coração..., principalmente agora, com essas situações todas. Realmente tenho pensado nessa frase: "pra que outros possam viver, vale a pena morrer".
Agora de ângulo diferente, mais participativo do que nunca. 
Por isso decidi colocar aqui no blog a transcrição completa dessa pregação..., é comprida, mas vale muito à pena! Por ser comprida também vou colocá-la em duas partes ok? Uma hoje e outra amanhã...
Então, aperte seus cintos e viaje bastante com Deus nessas palavras de Juliano Son, do ministério Livres para Adorar:

"Portanto, visto que temos este ministério pela misericórdia que nos foi dada, não desanimamos. Antes, renunciamos aos procedimentos secretos e vergonhosos; não usamos de engano, nem adulteramos a palavra de Deus. Ao contrário, mediante à clara exposição da verdade, recomendamo-nos à consciência de todos, diante de Deus. Pois não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor, e a nós como escravos de vocês, por causa de Jesus. De todos os lados somos pressionados, mas não desanimamos; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos. Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, pra que a vida de Jesus também seja revelada em nós. Pois nós que estamos vivos somos sempre entregues à morte por amor a Jesus, pra que a Sua vida também se manifeste em nosso corpo. De modo que em nós atua a morte; mas em vocês, a vida. Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, é passageiro, mas o que não se vê é eterno." 
Pra que outros possam viver, vale a pena morrer.
E nas palavras de 2Co 4 que nós acabamos de ler, pra que outros possam viver, não apenas vale a pena morrer, como deve-se morrer..., deve-se. Pra que outros possam viver, deve-se, é necessário morrer, pra que haja vida..., trazendo sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, pra que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo, pois nós, que estamos vivos, somos sempre entregues à morte por amor a Jesus, pra que a sua vida também se manifeste em nós, de modo que em nós atua a morte, pra que em vocês, pra que em outros, atue a vida.
Assim como a semente que não morre, não germina..., assim como a semente que não morre é incapaz de gerar frutos, aquele que não morre é incapaz de gerar vida, incapaz... 
Não fosse o sangue do Cordeiro, não fosse o sangue de todos os mártires que vieram antes de nós, não fossem aqueles que vivem como se não pertencessem a este mundo, não seríamos conhecedores das boas novas da vida..., não seríamos. 
Mas, se as coisas são assim, se isso é verdade, se isso reflete a realidade, se o Senhor teve toda a intenção de dizer exatamente o que Ele disse, por que é então que não morremos? Por que é então que o mundo está cansado de ver uma igreja que deveria carregar a imagem da morte, mas não carrega..., não carrega. E não carrega porque ela mesma recusa-se a morrer. Se a ordem é essa... se a ordem é essa por que é então que não vemos mais vidas sendo geradas? Nações sendo alcançadas em meio à voluntária entrega da vida por parte daqueles que se dizem cristãos... por quê? Por quê? 
Porque existe algo de muito errado em nosso meio. Existe algo de muito errado em meio aquilo que chamamos de evangelho do reino de Deus..., evangelho do reino de DEUS, não o evangelho do reino dos homens para os homens, não o evangelho do reino desta terra para esta terra, não o evangelho do seu reino pra você mesmo, para o seu próprio benefício..., mas o evangelhodo reino de Deus, para o benefício de Deus. E existe algo de muito errado porque estamos confundindo o evangelho do reino de Deus, que é para Deus, com outros evangelhos. 
E o povo, por falta de líderes que preguem o que o povo precisa ouvir e não o que o povo quer ouvir..., o povo está adorando outros bezerros de ouro. E o grande bezerro de ouro dos nossos dias é a benção. O grande bezerro de ouro dos nossos dias é a vitória, é a conquista, é o bezerro da prosperidade, é a saúde, é o MEU bem-estar, é o MEU conforto, é a MINHA necessidade, é o MEU reino, é a MINHA vida. 
Sete passos pra alcançar a benção aqui. Quarenta dias de jejum da vitória ali. Doze maneiras pra ser próspero um pouco mais adiante. E trezentas e dezoito formas pra VOCÊ fazer com que Deus faça aquilo que VOCÊ quer que Ele faça. Não importa se Ele queira fazer ou não..Porque, afinal, o modelo de Jesus: "Não seja feita a minha vontade, mas a sua", serve pra Jesus, serve pro Filhode Deus, não serve pra mim, não serve pra igreja.
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Pense nisso por enquanto..., se quiser, comente aqui nos formulários..., amanhã de manhã já vou postar a segunda parte.
Deus te abençoe..., do jeito dEle!!

Última página do livro: o roubo!!

By : Kadu

Olá povo de Deus!!!
Como vocês estão??
Nós estamos bem, graças a Deus, e já no Brasil. Desembarcamos ainda hoje, sem mala e cuia..., jajá explicamos!!
O post está grande, mas leiam que vão entender porque..., por favor...
Bom, mais uma página dessa história de livro que vivemos nos últimos meses se passou. Essa última página, porém, foi mais difícil de ser virada..., parece que nos livros os finais sempre tem que ser emocionantes não é?
As primeiras páginas vocês já leram, com nossos informativos enviados desde antes da viagem e com os posts que colocamos no nosso blog, certo? (Se não leram busquem que aqui no blog temos todos os informativos sobre essa viagem!) Foram realmente 3 meses abençoados..., intensos, cheio de trabalho, de desafios, de preocupações, de dificuldades, de privações, muito estudo, de cansaço..., mas também de muitas vitórias, de muito milagre, redenção, presentes, ânimo e fé, de entendimento, de crescimento, alegria e paz no Espírito!!!!!
Foi realmente maravilhoso o modo como tudo aconteceu, desde o começo até o final. Enfrentamos todo tipo de situações, e o Senhor nos fez passar firmemente por todas elas. Pudemos sair restaurados em nossa fé e conviccções e revigorados pra continuar a caminhada, apesar da tentativa do inimigo até o último instante de nos fazer esmorecer.
Amamos o que fizemos, amamos a maneira como tudo aconteceu, amamos as pessoas que conhecemos e as amizades que fizemos!!
Somos muito agradecidos à todos os que participaram conosco de mais essa jornada, que se envolveram em oração, intercessão, contribuição financeira, palavras de incentivo, etc..., se sintam vitoriosos conosco!! Nossa oração é pra que vocês possam desfrutar do sentimento de alegria pelo dever cumprido e pelo trabalho realizado ali, num continente de extrema dificuldade de penetração do evangelho, onde satanás busca vencer o tempo todo, batalhando contra nós..., coitado, já perdeu, em nome de Jesus!!
Bom, o último capítulo desse livro teve um desfecho de mais batalhas! Lá, como já dissemos, tudo é intenso até o final, porque o inimigo acha que pode nos vencer!
O que aconteceu? Saímos de Cáceres, rumo à Madri pra pegar nosso vôo de volta.O vôo estava marcado pra 11 da noite local. Fomos mais cedo pra almoçarmos lá e aproveitarmos os últimos momentos com Júnio e Patrícia passeando por lá, curtindo um pouco mais da amizade deles, além de comprar alguns presentinhos pra amigos e família. Quando voltamos para o estacionamento, pra irmos para o aeroporto a surpresa: haviam arrombado o carro e levado 3 malas nossas com quase todas nossas roupas, todos nossos calçados (tênis, sandálias, chinelos, sapatos), algumas blusas e os presentinhos que ganhamos e havia comprado pra presentear amigos e família. Além disso roubaram uma mochila minha com nossas bíblias e livros, notebook, câmera fotográfica, câmera de vídeo (que tinha comprado lá pra vender aqui e levantar algum dinheiro!), mp4, CDs e DVDs, pen drives e uma câmera fotográfica mais cara da Patrícia (que ela usa pra fazer um curso de fotografia, no valor aproximado de 700 euros)..., o pior: dentro dessa mochila do notebook estavam nossos passaportes!!! Já eram mais de cinco da tarde e o consulado já tinha fechado!
Fizemos o BO (os policiais foram muito cordiais e gentis!) e a polícia nos ajudou num telefone de emergência do Consulado Brasileiro. Ligamos e conseguimos que eles abrissem só pra nos dar uma permissão de viagem de volta. Conseguimos e no final fomos ao aeroporto e embarcamos de volta.
Confesso que quando soube do ocorrido orei pra Deus fazer o carro dos ladrões (cremos que eles estavam de furgão pra levarem tantas malas pesadas!) batesse!! Infeliz que sou!! Logo lembrei de uma oração que ouvi John Piper fazer uma vez: "Senhor, que eles possam estar bem, que você possa cuidar bem deles, sem nenhum acidente. E que nossas roupas sirvam pra eles e pra família deles..., que eles façam bom uso dos eltrônicos e que te conheçam através desse roubo!"..., essa foi minha oração depois.
O que mais doía em mim era a questão do passaporte, mas que conseguimos depois a permissão pra voltar e o notebook. Nao pelo valor comercial, porque ali na europa eles poderiam até jogar fora ele, já que estava velhinho e o pior que vi vendendo lá era o triplo da configuração do meu! O grande porém é que tinha todos meus estudos lá, todas as fotos de todas as viagens que fizemos até agora, todas as mensagens que ouvíamos e pregávamos, um esboço de livro que estava escrevendo, todos meus estudos da faculdade, incluindo um trabalho que estava pronto pra entregar e vou ter que refazê-lo..., enfim, a possibilidade de fazer o curso de teologia à distância sem um computador diminui imensamente, talvez tendo até que parar no meio do ano...
Isso sim me deixou meio triste..., além dos presentes que tínhamos comprado para os outros, já que não havíamos comprado quase nada pra nós mesmos ainda.
Enfim, como tudo o que temos são coisas que ganhamos, Deus dá e também pode tirar, certo???

Nossos pedidos:

- que considerem em oração este último fato do roubo e orem por nós sobre o que Deus colocar em seu coração a respeito.

- orem pelo povo lá de Cáceres. Obreiros: são 3 casais, os 3 com esposas grávidas durante todo o tempo de teórico da ETED, sendo que uma delas teve o Noah agora há cinco dias. Alunos: foram para o tempo prático agora, grande parte sendo no norte de Portugal.

- considerem o fato de contribuir conosco financeiramente pra conseguirmos repor algumas coisas, já que levamos praticamente toda roupa que temos e quase não nos sobrou nada..., para nossos pés só sobrou o versículo de que eles sao formosos mesmo, hehehehe!!!

- também pela questão de finanças porque, apesar de alcançarmos vitórias imensas nessa área durante esses 3 meses, a luta continua aqui no Brasil e estamos com um déficit mensal grande pra cobrir todas nossas despesas..., se envolva conosco mensalmente se for da vontade do Paizão!

- por todas as questões que envolvem a volta de uma viagem dessas: readaptação ao clima, fuso, saúde, volta pra casa, envolvimento de retorno com igrejas que nos apoiaram, etc...

- por um pouco de descanso também da intensidade que foi o tempo que passamos lá...

- pra que tenhamos contato com novas igrejas, pessoas e oportunidades pra seguirmos adiante nossa vida com o Paizão...

- enorme, imensa, muuuuuiiiiitoooo grande gratidão por tudo o que aconteceu no último semestre que passamos!!! Deus é excelente em tudo o que faz!!!

Desculpem o tamanho do post e por não ser um informativo como os outros..., os dados e moldes estavam no nosso notebook roubado, inclusive todas as fotos que tínhamos do tempo que passamos lá.

No mais, enorme abraço e esperamos ansiosos as respostas de cada um de vocês!

Kadu e Lily..........

Cruz, morte e ressurreição de Jesus

By : Kadu


Os ensinos que podem trazer transformação, e que são essenciais, devem realmente ser mais trazidos à tona. Imagina só o efeito de não sabermos sobre a cruz, a morte e a ressurreição de Jesus. No que nossa vida cristão estaria pautada? Nos preceitos da antiga aliança, com certeza! Ainda que fosse uma aliança baseada na Lei, e o fim da Lei fosse em Cristo, viveríamos buscando o controle do nosso cristianismo e das nossas ovelhas constantemente na expectativa de que um dia as coisas melhorariam, mas agora “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
E não é exatamente isso que muitos evangélicos brasileiros vivem?
Sem sabermos o que trouxe pra nós a vinda do Messias esperado, sua morte na cruz e sua ressurreição, que vida podemos viver? Baseados sempre no castigo, na punição da desobediência à Lei, ou às leis que doutrinariamente criamos. Ou então baseados nas recompensas por ter me esforçado pra conseguir tal e tal benção, baseados no nosso esforço próprio, no mérito de nossas obras. E assim também seria com a questão da salvação!
E não é exatamente isso que muitos evangélicos brasileiros vivem?
Entender toda essa questão da vida, morte e ressurreição de Cristo então pode realmente nos aprofundar naquilo que é o amor, naquilo que é a graça, naquilo que é a liberdade, naquilo que é real responsabilidade diante do carregar nossa cruz enfrentando o mundo aí fora com suas aflições, entender que se Ele não ressuscitou é vã nossa fé, porque não temos esperança em mais nada, etc... Não podemos, sequer, saber, e crer, sobre a vitória em relação ao pecado e sua conseqüência: a morte. Sem saber disso vivemos constantemente amedrontados, sem liberdade alguma.

Ênfase no discipulado

By : Kadu


Por aquilo que tenho estudado dentro do contexto de missões, vejo que o Brasil é um país onde o necessário não é evangelizar, mas discipular. Fazer com que pessoas cheguem mais perto de quem era Jesus, de como Ele interpretava e ensinava sobre seus atributos e caráter, de como é viver como cidadão do Reino de Deus. A falta da ênfase no discipulado nos faz crescer tanto quantitativamente, porém sem qualidade equivalente. Mais uma vez: igrejas inchadas, sem transformar realidades!
O fato é que quando começamos a discipular, e existem instituições e organizações que trabalham nesse sentido, a quantidade diminui; o número para de crescer, possivelmente até diminuindo. Porque, na realidade, poucos estão interessados num compromisso direto com Jesus e com o Reino de Deus. Poucos estão realmente interessados em ser testemunhas de Cristo, porque isso implicaria em muitas renúncias, em ter que servir mais, se humilhar mais, perder mais, perdoar mais...
Principalmente por esses motivos é que vejo a grande necessidade de buscarmos com intensidade trabalhar no discipulado do grande número de evangélicos brasileiros, sem se preocupar com os números, que tendem a cair.

Jesus é o Cristo, aquele que o povo de Israel tanto esperava

By : Kadu


Outro ponto de muita confusão é a messiandade de Jesus, o Cristo. Talvez a mesma confusão que o povo judeu tinha nos tempos de Jesus, sobre se Ele era mesmo o messias, nós também temos hoje.
Confundimos sua vinda e atuação com alguém que transformaria instituições e estruturas organizacionais, vindo como dominador sobre todas elas e estabelecendo de maneira radical e ditatorial, legalista, uma nova ordem, beneficiando aqueles que se dizem herdeiros da promessa porque se mantém fiéis à aliança.
Não, ele não veio pra fazer reformas institucionais. Tampouco pra ser dominador, ditador, ou tomar posição exterior de autoridade. Ele veio como o Messias libertador que traria conseqüências eternas na maneira como veríamos as coisas e como atuaríamos em cada circunstância. Não faríamos nada à força, nem com autoridade imposta, se o tomássemos como exemplo. Não beneficiaríamos nosso gueto, nosso círculo social, nossa denominação institucional pra mostrar que o Messias veio sobre nós, se o tomássemos como exemplo.
Creio que, generalizando mais uma vez, o “evangelicalismo” tem atuado e pensado mais dessa segunda maneira descrita do que realmente de como Jesus veio pra nos comprovar ser o Messias libertador.
Isso porque não é pra vivermos de maneira a pensar que foi só pra nós que Ele veio, foi só a nós que Ele veio libertar, ninguém mais! Não é pra pensarmos também que o exemplo a seguir e a atuação de Cristo em nós se dá pela autoridade imposta, que determina a manda o que é certo e o que é errado. Não é pra acharmos que nossas constantes reformas institucionais vão demonstrar quem é Cristo. Isso é religiosidade! E disso, o Messias também veio nos libertar!
Sua atuação é bem mais profunda do que isso, mas, creio que, uma vez mais, falta discipulado e ensino correto e profundo sobre isso nas instituições que levam o nome de evangélicas, senão, a religiosidade e o legalismo, a forma de pensar num Cristo dominador e por isso senhor, vai continuar a crescer e, mais uma vez, o cristianismo no Brasil não verá efeitos concretos e práticos à longo prazo.
Mais uma vez digo que teria muito mais pra dissertar sobre esse tema, em vários outros aspectos, mas tomei esse como exemplo por crer que seja o mais forte entre nós, evangélicos brasileiros.

O Evangelho do Reino de Deus

By : Kadu
Estive estudando bastante nessas semanas que passaram pra minha faculdade de teologia..., como resultado surgiram algumas breves reflexões teológicas sobre alguns temas. Essas reflexões vou colocar aqui numa série de quatro posts. Elas são, na verdade, resultado de um exercício pra Teologia Bíblica do Novo Testamento..., ainda não recebi as notas..., pode ser que tenha ido bem mal, mas já está aí pra você também avaliar e me ajudar na discussão. São quatro temas, todos baseados nos evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) e o primeiro tema e post é "O Evangelho do Reino de Deus":




Este, talvez, seja um dos temas que menos ouvi sendo pregados e ensinados na igrejas pelas quais passei. Mensagens que levem-nos a serem mais práticos, a atuarmos de alguma maneira, que nos tiram do conforto de nossas vidas, não são tão agradáveis de se ouvir..., também não agregam membros, falando de maneira geral.
Quando ouvia algo sobre o assunto, hoje percebo o quão incompleto era. O pouco que ouvi de maneira mais profunda e completa, não faz muito tempo que ouvi.
E, se temos que pautar e, supostamente, basear nossas reflexões sobre Cristo sob a ótica do evangelho do Reino de Deus, ainda há um caminho longo a percorrer!!
Se este evangelho do Reino de Deus é dele mesmo e não nosso, então deveríamos ter mudado drasticamente realidades ao nosso redor, e não só a nossa própria, como se tem visto nas comunidades organizadas eclesiasticamente. Por aquilo que é pregado e ensinado dentro da comunidade a mudança tem se limitado às “quatro paredes”. Vemos comunidades inchando, tendo cada vez mais finanças, alcançando status, porém, seus próprios vizinhos continuam entregues aos sistemas escravizantes que dominam a sociedade como: precariedade no sistema de saúde, na educação, no saneamento básico, em suas finanças e nos seus empregos, nos relacionamentos interpessoais, etc...
Fala-se muito no grande e crescente número de evangélicos arrolados em nossas diversas instituições no Brasil, mas isso não me impressiona. Não deveria impressionar ninguém, aliás. Porque, com o número expressivo que temos, não vemos Cristo reinando em cada parte de nosso ser, em cada reino que criamos em nossos corações, a ponto de trazer pra prática do dia a dia aquilo em que cremos e, por fim, transformar realidades. Por exemplo, se o Reino de Deus fosse aplicado nas nossas relações comerciais e econômicas, na mesma expressão do número de evangélicos que temos no Brasil, será que continuaríamos a ver tanta desigualdade social e problemas na distribuição de renda, tantos assaltos e problemas de larga escala no que se refere à corrupção, sempre beneficiando poucos? Os que são excluídos socialmente continuariam excluídos?
Por isso creio na importância de se rever e discipular os evangélicos brasileiros na profundidade daquilo que é o Reino de Deus, que glorifica o rei e não os servos.
Haveria muito pra se falar e discutir sobre esse tema, ligando-o com a realidade dos evangélicos no Brasil, inclusive ressaltar os poucos exemplos positivos que resistem firmes à tentação de inverter o Reino de Deus para o reino dos homens, mas o espaço é curto e é pra ser breve, por isso paro por aqui.

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