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Posted by : Kadu
terça-feira, abril 15, 2014
Sempre que penso em missões me vem a mente aquilo que eu creio que todos nós, cristãos brasileiros, temos sido formatados a pensar.
Qual a primeira coisa que você pensa (imagem mental ou palavra) quando ouve algo sobre missões, ou quando ouve a palavra missionário? Posso fazer essa pergunta de leste a oeste, de norte a sul aqui no Brasil e a resposta invariavelmente será a mesma, salvo raras e boas exceções. Faça esse exercício aí, você que está lendo..., o que pensou?
Se você pensou em alguma das palavras a seguir, você é um cristão normal dentro do contexto brasileiro: África, China, muçulmanos, pobres, criancinhas famintas, local isolado e distante, fome, perseguição, índios, entrega de folhetos, teatro, impacto, favela, cadeia...
Tenho algo pra te dizer sobre isso: se você pensou alguma dessas coisas, você está certo, mas pode estar completamente errado também! Incrível? Não..., normal!
Mas porquê? Porque estamos constantemente com uma imagem trazida de uma experiência apenas, e encerramos todo o tema "missões" nisso.
Pensamos assim: "Na minha igreja fazemos impactos de rua, entregamos folheto, pregamos na praça e damos comidas aos pobres..., isso é missões!". A resposta é sim, isso é, mas não, pois se dissermos que isso que é missão, e o resto? Se dissermos que ser missionário é ir pra China, e os outros países? Se dissermos que missões é pregar para os pobres, isso quer dizer que quem tem dinheiro não precisa ouvir as boas novas?
Uma coisa que aprendi estudando sobre missões é que ao encerrarmos a nossa definição de missões invariavelmente iremos deixar algo de fora, como bem diria David Bosch.
Mas isso não quer dizer que não devemos buscar definições sobre missões. E uma das melhores que já ouvi até hoje, que praticamente não se encerra em uma definição excludente, é de que "missões" é a proclamação exaustiva do evangelho nas fronteiras onde não há fé (conf. René Padilha).
Essa definição é importante pois não exclui ações específicas (palestra, folheto, impacto, teatro, conversa, esportes, mídia, etc.) nem localidades específicas, já que a fronteira não é mais geográfica nem social, mas simplesmente onde há fé e onde não há fé (isto é, crença e relacionamento correto com o único Deus e tudo o que diz respeito a ele). Isso pode se dar seja aqui, no meu vizinho, ou lá longe, no Sudão do Sul, no Curdistão. Isso pode ser através de teatros (onde seja realmente relevante!) ou através de estratégias mais sutis como o caso dos relacionamentos informais. Também pode ser entre os mais pobres somalis ou entre os ricos europeus e asiáticos.
Digo isso porque tenho passado por diversas comunidades, igrejas e pessoas diferentes, com doutrinas e costumes distintos, mas, quase que sempre, a definição sobre missões é sempre a mesma, e gira em torno da exclusividade dos termos que citei lá em cima. O que não for aquilo, não é missões!
ainda que Deus é o dono de missões e que, em primeiro lugar, ELE tem uma missão. Nós estamos debaixo da missão dEle, como coadjuvantes, que auxiliam no cumprimento da Sua missão no mundo! Isso quer dizer que, ainda que não façamos nossa parte, Ele continua sendo missionário e cumprindo Sua missão através dos Seus próprios meios! Isso também quer dizer que Ele não depende de nós pra cumprir a Sua missão! Isso quer dizer, ainda, que devemos dar graças ao Pai pelo enorme privilégio que Ele nos deu de sermos participantes disso!
Mas, enfim, ainda cremos na "missão da minha igreja", na "missão da minha organização", na "missão da minha denominação". E colocamos isso fora e até acima do Reino de Deus, por exemplo. Queremos muito mais um reino nosso, da nossa denominação, do que propriamente o Reino que dizemos proclamar.
Vamos pensar isso de maneira mais prática..., se hoje se levantar certo crente, compromissado com Deus, que estuda e medita na Palavra dia e noite, que trabalha e dá bons frutos onde está, dizendo que ouviu Deus o chamar pra ser missionário de carreira, como respondemos? Com questões coerentes sobre o onde, como, porque, certo? Digamos então que sua resposta seja: quero trabalhar com artes na Itália. "Ah tá..., tá bom!"
Agora vem outro, crente, que ora em línguas, dá o dízimo, anda de bíblia debaixo do braço é é super simpático com todos os velhinhos e crianças da igreja, além de chamar respeitosamente o pastor da igreja de reverendo (com isso quero formar aquela imagem de crente "externamente perfeito"). Esse crente, apesar de cantar no louvor, não participa de nenhum projeto social, de nenhuma viagem missionária, de nenhum impacto, a não ser que vá cantar e ministrar lá no palco, porque, diz ele, que esse é seu dom. Seus frutos não são aparentes, não tem nenhum discípulo, ao contrário, tem vários desafetos no grupo de louvor que faz parte, porque acham ele meio "estrela demais". Porém, seu "testemunho" perante os que não o conhecem mais intimamente (não fazem parte do grupo de louvor) é muito bom. Ele fala lá suas besteiras teológicas de vez em quando lá no púlpito, mas vá lá, tá aprendendo. Agora, como num passe de mágica, ele também se diz chamado para missões..., e o melhor, vai pra África, trabalhar com as criancinhas "remelentas" das fotos que ele colocou no seu powerpoint!!
Qual dos dois tem maior probabilidade de levantar parcerias e compreensão para seu chamado?
Infelizmente temos que ver o "despreparado-mas-irrepreensível-gospel" ir para o campo, causar mais estrago do que gerar frutos que permanecem, e ver o rapazinho compromissado com Deus ficar penando pra talvez fazer um trabalho de curto prazo com o que foi chamado a fazer.
Com isso não quero dizer que a África não precisa de missionários, que as crianças famintas não precisam de pessoas trabalhando com elas, de maneira alguma. Conheço pessoas sérias, compromissadas com Deus, com trabalhos extremamente relevantes nesses contextos. Mas até eles não escolheram esse "campo" por conta da visibilidade que terão ao trabalhar nesses contextos..., sequer escolheram esses contextos, mas oraram, ouviram o chamado específico de Deus e simplesmente tem obedecido.
Tem agência fechando as portas pra quem não foi chamado pra ir pra campos como por exemplo da antiga Janela 10-40. Será que Deus está errando ao chamar pessoas pra outras localidades então?? "Poxa Deus, sacanagem, você tá querendo estragar missões, atrasar nossa vida? Você não entendeu ainda que o foco é a Janela 10-40 Deus?"
Com pensamento e atitudes como essas, temos mais afastado as pessoas de pensar em missões do que aproximado-as de algo que é essencial a vida cristã. Infelizmente!
Conheço muitas pessoas que não foram chamadas pra serem missionárias em países financeiramente pobres, pessoas que talvez nunca pisarão nos países da Janela 10-40 pra fazer missões, mas que através de seu ministério, sua dedicação, seu trabalho árduo, sua obediência a Deus, tem gerado frutos bons e que permanecem, incluindo alguns frutos que acabam por entender seu chamado pra essas localidades e geram muitos outros frutos ali. Talvez, muitos desses missionários que hoje trabalham no continente africano, ou com os pobres e famintos mundo afora, ou nos países fechados, no meio dos muçulmanos, entre os índios, nas favelas e prisões, etc., não estariam aí, dando muito fruto, se não fosse algum missionário (des)obediente que os discipulou, treinou, encorajou, ensinou e despertou pra esses trabalhos, e que nunca pisou ou pisará nesses países!
Devemos compreender que até mesmo Paulo, aquele que chamamos de pai das missões estrangeiras (apesar de que nosso Deus, através do tempo tem sido o verdadeiro Pai das missões estrangeiras desde a eternidade) não olhava para missões dessa nossa maneira de hoje. Em seu ministério ele foi muito mais
estratégico ao ir e trabalhar em cidades com características cosmopolitas, ricas ou proeminentes, cidades a partir de onde poderia fazer com que o ministério frutificasse muito mais, do que simplesmente ir pra alguém pobre ou diferente socialmente dele mesmo...
Devemos compreender que as fronteiras geográficas e sociais que devemos ultrapassar na proclamação do evangelho são onde há fé e onde não há fé. Sendo assim, num tempo globalizado, em que podemos ir daqui para o Japão em um segundo (através da internet) ou em algumas horas (de avião), onde as fronteiras geográficas são facilmente ultrapassadas, onde podemos encontrar um pobre morando do nosso lado direito, e um rico morando como vizinho esquerdo, devemos fazer a pergunta correta ao se pensar em missões: onde Deus ainda não é Rei? É aí que vou investir! E se, por acaso, Deus te trouxer algum chamado específico, se você estiver pensando em ser ou adotar um missionário, avalie o desafio de trabalho e ministério através dessa pergunta, e não daquilo que está sendo "moda" cristã hoje em dia ou daquilo que minhas experiências (ou da minha denominação/hagência/doutrina) colocam como expectativa missionária.
Porque se seu vizinho crente está indo pra África levar comida para as criancinhas famintas(porque ouviu e quer obedecer o chamado do Pai) mas você ouviu de Deus que é pra ir para o Havaí discipular outros crentes a compreender os desafios das fronteiras onde não há fé, vocês não são concorrentes, mas co-participantes do avanço do evangelho e da implantação do Reino de Deus nessa terra!