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- Assuma sua responsabilidade pelo Brasil!!
Posted by : Kadu
terça-feira, junho 18, 2013
"Quando
ia chegando, vendo a cidade, chorou e dizia: Ah! Se conheceras por ti mesma,
ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos.
Pois sobre ti virão dias em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras e,
por todos os lados, te apertarão o cerco; e te arrasarão e aos teus filhos
dentro de ti; não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste a
oportunidade da tua visitação.
Depois,
entrando no templo, expulsou os que ali vendiam, dizendo-lhes: Está escrito:
A minha
casa será casa de oração.
Mas vós a
transformastes em covil de salteadores.
Diariamente,
Jesus ensinava no templo; mas os principais sacerdotes, os escribas e os
maiorais do povo procuravam eliminá-lo; contudo, não atinavam em como fazê-lo,
porque todo o povo, ao ouvi-lo, ficava dominado por ele." Lucas 19:41-48
Creio que
nosso país tem vivido a algum tempo cercado de trincheiras inimigas, com o
cerco completamente apertado de todos os lados, arrasando conosco e com nossos
filhos. Realmente, se pensarmos em termos de divisão de áreas (saúde, governo,
economia, família,etc...) não tem ficado pedra sobre pedra em nossa nação.
Estamos arrasados em quase todos os índices indicativos, mas estes são
maquiados com uma linda máscara de belos estádios, belos eventos e espetáculos,
belas paisagens em nossas praias passando nas novelas da Globo...
Como Jesus
olhando para Jerusalém, quando olhamos para nosso Brasil dá vontade de
chorar..., e devemos chorar mesmo! Creio que esse choro é o que estamos vendo
acontecer Brasil afora! O choro, o grito, o lamento..., o protesto! Protestamos
porque choramos quando olhamos para os tais índices..., choramos enquanto a
saúde agoniza na maior parte do Brasil. Choramos enquanto nosso governo, que se
diz "dos trabalhadores", do "povo", que anos atrás também
chorou ao ver o Brasil e saiu a protestar, agora enche o bolso de dinheiro e
celebra, com direito a champanhe e caviar, o fato de o "povo", os
"companheiros trabalhadores", "os revolucionários", terem
assumido o poder! Ah, que bom, o poder! Agora o poder é do "povo"!
Ah...
Mas pra que
é que queriam o poder mesmo? Pra tê-lo! E só! Agora é que se põe a prova o que
se reivindicou nas ruas, de cara pintada, tomando borrachada. E qual o
resultado da prova? "Ih, dá zero pra eles!!! "
Meus
queridos, não adianta só chorar e lamentar sobre Jerusalém. Nem adianta somente
expulsar os vendilhões do templo, o covil de salteadores em que o Brasil se
transformou. Brasilzão, não adianta só fazer passeata, levantar bandeiras,
pintar a cara, ter gritos de ordem, cantar no teto de Brasília, fechar a Paulista,
interromper a grande Copa..., se depois de tudo isso apenas, como resultado, sobrar
um monte de lixo nas ruas, fogo nos pneus, vidraças quebradas, ficha suja pelas
detenções, olhos cegos pelas balas de borracha, marcas de cacetete nas pernas.

E me
preocupo, não com o que está sendo feito, mas com a responsabilidade que o povo
tá ousando reivindicar sobre si. Temos realmente noção do que estamos
reivindicando? Será que depois que a poeira baixar vamos arregaçar as mangas e
fazer diferente? Será que essa geração que hoje se levanta, e que estava
"adormecida" mas, como "gigantes pela própria natureza"
acordaram, vai fazer alguma coisa na prática pra mudar tudo o que está errado?
Ou vai expulsar todo mundo do templo e deixar o templo vazio?

Sou contra
os protestos? Não! Sou contra ir pras ruas? Não! Sou contra o vandalismo? Claro
que sim! Sou contra o partidarismo político por trás dos protestos? Totalmente
sim! Sou contra parar tudo pra que todo mundo dê atenção ao que se está sendo
reivindicado? Não!
Entendo que
tem muita gente realmente despertando e que esses tempos vão marcar o restante
da vida destes, que depois de tudo vão ralar pra fazer diferença, mas temo que
sejam a grande minoria e que daqui algum tempo a poeira realmente baixe e a
maioria esmague essa minoria de novo e tudo volta ao "(a)normal",
apenas com líderes diferentes, partidos diferentes no poder.


Por fim,
uma história real contada por uma pessoa que com certeza estaria aí nas ruas
protestando (se fosse daqui!) mas que trabalhou e ainda trabalha não só pra
conscientizar e ensinar as pessoas que é possível ter uma nação melhor,
transformada, mas pra que ele mesmo seja essa transformação, o indiano Vishal
Mangalwadi, reformador social, colunista político, escritor e palestrante. Ele
nos faz pensar em nosso Brasil atual e nossas reivindicações, nossas
responsabilidades perante elas.
Ele conta
essa história depois de ouvir de um indiano, que mal falava inglês, que era
possível ser empresário de sucesso na Inglaterra. Quando Vishal pergunta como
isso é possível, este indiano, sr. Singh, lhe responde: "Porque lá todos
confiam em você." E segue-se a história:
"Poucos
meses depois, Ruth e eu estávamos na Holanda falando em uma conferência anual
de uma das maiores instituições de caridade daquele país. Em uma das tardes,
nosso anfitrião, o Dr. Jan van Barneveld, disse-me: "Venha, vamos buscar
leite." Nós dois fomos até a fazenda de gado leiteiro cruzando a bela
paisagem holandesa, com lindas árvores. Eu nunca tinha visto tanto leite! Havia
uma centena de vacas, porém não havia funcionários no local, e tudo parecia
incrivelmente limpo e organizado. Na Índia nós tínhamos uma pequena fábrica de
laticínios, mas contávamos com dois funcionários e o local era sujo e
malcheiroso.
O contraste
chamou minha atenção, porque na região onde eu morava, pelo menos 75% das
mulheres gastavam por volta de uma a duas horas recolhendo esterco com suas
próprias mãos, depois colocavam tudo em cestos, que então carregavam sobre suas
cabeças até seus quintais onde, mais tarde, transformariam o esterco em
combustível para cozinhar.
A fábrica
de laticínios holandesa, que visitei, me surpreendeu porque ninguém estava lá
para ordenhar as vacas. Eu nunca tinha ouvido falar de máquina que ordenhassem
vacas e despejassem o leite em um enorme tanque. Entramos na sala do leite e
ninguém estava lá para vender o leite. Eu esperava que Jan tocasse um sino, mas
ele apenas entrou, abriu a torneira, colocou sua jarra e a encheu. Então ele
foi até um peitoril, baixou um pote cheio de dinheiro, tirou sua carteira,
colocou vinte moedas de florim holandês, pegou o troco, guardou em seu bolso,
devolveu o pote ao seu lugar, pegou a jarra e começou a andar. Eu estava
atordoado!
"Cara",
eu lhe disse: "se você fosse um indiano, você pegaria o leite e o
dinheiro." Jan riu.
(...)
De volta à
Holanda, naquele momento de riso, eu então compreendi o que o sr. Singh estava
tentando me explicar no avião para Londres. Se eu saísse com o leite e o
dinheiro, o proprietário do leite teria que contratar uma vendedora. Quem
pagaria por ela? Eu, o consumidor!
No entanto,
se os consumidores são desonestos, porque o fornecedor seria honesto? Ele
provavelmente acrescentaria água ao leite para aumentar o volume. Sendo um
ativista, eu protestaria que o leite foi adulterado, e o governo teria de
contratar inspetores de leite. Mas quem pagaria pelos inspetores? Eu, o
contribuinte!
Se o
consumidor e o fornecedor são desonestos, porque é que os inspetores seriam
honestos? Eles seria subornados pelos fornecedores. Se não recebessem suborno,
eles usariam uma lei ou outra para se certificar de que a venda ficaria
atrasada o suficiente para fazer coalhar o leite não refrigerado. Quem pagaria
pelo suborno? Inicialmente, o fornecedor, mas eventualmente o consumidor.
Até então,
eu teria pagado o leite, a vendedora, a água, o inspetor e o suborno, e não
teria dinheiro suficiente para comprar chocolate para adicionar ao leite. E sem
chocolate, meus filhos não gostam de leite. Consequentemente eles não seriam
tão fortes como as crianças holandesas!
Depois de
pagar por todas essas coisas, a chance de sobrar algum dinheiro para levar meus
filhos ao cinema sábado à noite e comprar sorvete pra eles, se resumiria a
zero. A pessoa que faz e vende sorvete aumenta muito o valor do leite, enquanto
a vendedora, a água, os fiscais e o suborno não aumentam em nada seu valor. Ao
pagar por tudo isso simplesmente contribuo com o meu pecado: a minha propensão
em cobiçar e roubar o dinheiro e o leite do meu vizinho. O alto preço do pecado
impede que sobre dinheiro para o sorvete. Minha cultura de desconfiança e
desonestidade rouba-me o dinheiro que poderia ser usado para proporcionar uma
vida melhor para os meus filhos e emprego produtivo para os meus vizinhos.
