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- Querida Igreja, estes são os motivos pelos quais as pessoas realmente estão te deixando
Posted by : Kadu
sábado, janeiro 17, 2015
Um olhar duro e honesto nos motivos que as pessoas realmente estão se afastando da igreja.
Estar do outro lado do Exodo é ruim, não é? Eu vejo o pânico na sua
face Igreja. Eu sei do terror dentro de você quando você olha as estatísticas e
escuta as histórias e verifica as pesquisas sobre as saídas. Eu te vejo
desesperadamente lutando pra fazer o controle de danos sobre os indecisos, e
pra fabricar paixão nos que estão saindo, e eu quero te ajudar. Você deve
pensar que sabe porque as pessoas estão te deixando, mas eu não tenho tanta
certeza que você sabe. Você pensa que é por que a “cultura” está tão perdida,
tão perversa, tão além de qualquer ajuda que assim eles estão todos indo
embora. Você acredita que eles se tornaram surdos pra ouvir a voz de Deus;
correndo atrás de dinheiro, e sexo, e coisas materiais. Você pensa que os gays,
e os muçulmanos, e os ateístas, e os pop stars fizeram tanto estrago na
moralidade do mundo que todo mundo está abandonando a fé em massa.
Mas estas não são as razões pelas quais as pessoas estão deixando
você. Eles não são o problema, Igreja. Você é o problema. Deixe-me elaborar
isso em 5 pontos...
1. Suas produções de domingo tem sido bem desgastantes
O palco, e as luzes, e as bandas, e as telas de vídeo, tem todas se
tornado barulhos brancos pra aqueles que realmente querem encontrar a Deus.
Isso tudo é como doce para os olhos e ouvidos por uma hora, porém tem tão pouca
relevância na vida diária das pessoas que mais e mais delas estão deixando de
gostar disso. Sim, as músicas são legais e o show é ótimo, mas ultimamente os
domingos de manhã não estão realmente fazendo a diferença nas terças de tarde
ou nas quintas de noite, quando as pessoas estão lutando com as confusões, as
bagunças, as coisas dolorosas nas trincheiras da vida; aqueles lugares onde os
shows de rock não ajudam. Podemos ter entretenimento em qualquer lugar. Até que
você possa nos dar algo além de uma peça de performance com temática Cristã –
alguma coisa que nos permita ter espaço, e respirar, e ter conversas e
relacionamentos – muitos de nós estarão indo dormir e ficarão distantes.
2. Você fala numa língua estrangeira
Igreja, você fala e fala e fala, mas você isso usando uma linguagem
morta. Você está mantendo pra si palavras empoeiradas que não ressoam nos
ouvidos das pessoas, não percebendo que só dizer essas palavras mais alto não é
a resposta. Todos os chavões religiosos que costumavam funcionar 20 anos atrás
não funcionam mais. Essa linguagem interna espiritualizada pode te trazer algum
consolo num mundo exterior que está em transformação, mas essas coisas são só
uma abreviação religiosa preguiçosa, e mantém as pessoas normais distantes.
Eles precisam que vocês falem numa língua que eles podem entender. Há uma
mensagem que vale a pena compartilhar, mas é complicado escutá-la acima de suas
verbalizações pirotécnicas. As pessoas não precisam se deslumbrar com palavras
grandes e igrejeiras, e com quadros escatológicos e sistemas teológicos. Fale
com eles diretamente sobre amor, e alegria, e perdão, e morte, e paz, e Deus, e
eles serão todo ouvidos. Continue com o discurso igrejeiro (gospel) e logo você
vai estar falando pra um quarto vazio.
3. Sua visão não vai além do seu prédio.
O cafézinho, os bancos aconchegantes, as luzes “high-tech”, a badalada
ala das crianças, e o centro de jovens super legal são todos de primeira
linha... e caros. De fato, a maior parte do seu tempo, dinheiro e energia
parecem ser pra atrair as pessoas pra onde você está ao invés de alcançá-las
onde elas já estão. Ao invés de simplesmente pisar lá fora pela vizinhança ao
seu redor e fazer parcerias com as coisas incríveis que já estão acontecendo, e
as bonitas coisas que Deus já está fazendo, você parece se contentar em criar
uma franquia da sua marca particular das coisas-de-Jesus, e esperar pelo mundo
pecador bater na sua porta. Seu maior campo missionário está a apenas alguns
quilometros, (ou alguns metros) do seu campus e você ainda sequer percebeu
isso. Você deseja alcançar as pessoas que está perdendo? Saia do prédio.
4. Você escolhe as piores batalhas.
Nós sabemos que você gosta de lutar, Igreja. Isso é óbvio. Quando você
quer, você pode ir à guerra com o melhor que tem. O problema é, suas batalhas
são muito pequenas. Protestos fast-food, indignação com lojas de passatempo, e
campanhas conta programas de reality shows na TV podem produzir alguma coisa
urgente e atividades no Twitter dos de dentro para os já-convencidos, mas são
nada para as pessoas aqui fora com os benditos sapatos no chão. Todos os dias
nós vemos um mundo sufocado pela pobreza, e racismo, e violência, e
intolerância/fanatismo, e fome; e em face dessas coisas, você fica muito,
assustadoramente tranquilo. Nós adoraríamos que você fosse tão corajosa quanto
nessas batalhas, porque aí sim nos sentiremos como caminhando com você; aí sim
nos sentiremos indo pra guerra junto com você. Igreja, nós precisamos que você
pare de ser fomentadora de guerra com aquilo que é trivial e pacifista em face
do que é terrível.
5.Seu amor não se parece com amor
Amor parece ser algo importante pra você mas não estamos vendo isso na
vida real. De fato, mais e mais, seu tipo de amor parece ser incrivelmente
seletivo e decididamente restrito; filtrando toda a ralé espiritual, o que
infelizmente incluí muitíssimo de nós. Parece uma grande propaganda
“pega-otário”; fazendo o comercial de uma festa do “venha como você está”, mas
nos fazendo saber, quando já estivermos dentro, que na real não podemos vir
como estamos. Nós vemos um Jesus na Bíblia que saía com vagabundos imorais e
prostitutas, e com os párias, e os amava ali mesmo, mas isso não parece ser sua
especialidade na recepção. Igreja, você consegue nos amar se não assinalarmos
todos os campos doutrinários e ainda não tivermos descoberto nossa teologia?
Não parece que sim. Você pode nos amar se xingarmos, bebermos e fizermos
tatuagens e, Deus me livre, votar na Dilma? Nós temos dúvidas sobre isso. Você
pode nos amar se não tivermos certeza de como definimos o amor, e o casamento,
e Céu, e Inferno? Com certeza não nos sentimos assim. Do que sabemos sobre
Jesus, achamos que ele se parece com o amor. Infelizmente, não achamos que você
se parece muito com Ele.
Isso é parte do porque as pessoas estão te deixando, Igreja.
Essas palavras podem te deixar muito, muito nervosos, e você estar
querendo pular num movimento instintivo pra se defender ou atacar essas
posições linha por linha, mas esperamos que você não faça isso. Esperamos que
você se sente em quietude com essas palavras por um momento, porque quer você
acredite que isso está certo ou errado, isso é real pra nós, e esse é o ponto.
Nós somos os que estão indo embora.
Queremos ter importância pra você.
Queremos que você nos ouça antes de
debater conosco.
Nos mostre que seu amor e que seu Deus
é real.
Igreja, nos dê um motivo pra ficar.
Não é você, sou eu.
Isso é o que parece que você está
falando, Igreja.
Eu tentei compartilhar meu coração com você; o meu coração e o de
milhares e milhares de outros como eu que estão indo pra longe, pra que você
saiba o dano que você está fazendo e o legado de dor que você está deixando, e
aparentemente, você não é o problema.
(O que, é claro, continua sendo um problema).
Eu te transmiti minha frustração com sua privilegiada retórica
religiosa, e você me respondeu copiando e colando textos bíblicos aleatórios e
recortados, sobre a “Noiva de Cristo” e o “sangue do Cordeiro”, insistindo que
o problema real é minha “ignorância bíblica”, e sugerindo que eu apenas preciso
me arrepender e ter uma boa Concordância (seja lá o que for isso). Eu te fiz
saber o quão julgado e ridículo eu me sinto quando estou com você, muito mais
como um sem-teto, um pecador de fora, me sinto na periferia de suas comunidades
interiores de julgamentos frequentes, e você continuou me dizendo o quão
“perdido” estou, o quão desesperadamente “apaixonado pelo meu pecado” eu devo
estar pra deixar você, me lembrando que eu nunca na verdade pertenci realmente
a você. Em face a todas essas denúncias e reclamações, você deixou claro que o
problema real é que ou eu sou pecador, ou herético, imoral, tolo, sem luz,
egoísta, consumista ou ignorante.
Droga, tem muitos dias que eu nem tenho certeza que discordo de você.
Talvez você esteja certa Igreja.
Talvez eu seja o problema.
Talvez seja eu, mas eu é tudo o que sou capaz de ser agora, e é aí que
eu realmente esperava que você fosse ao meu encontro.
É aqui, no meu falho, ferrado, ferido, em estado de choque, cheio de
dúvidas, desiludido eu, que eu tenho esperado por você pra chegar com toda sua
implacável e audaciosa coisa “amor de Jesus” que eu tanto ouvi sobre, e tornar
isso real. Igreja, eu sei o quanto você menospreza a palavra Tolerância, mas
agora mesmo, eu realmente preciso que você me tolere; que tolere aqueles de nós
que, por todo tipo de razões você pode achar que não justificam, estão brigando
pra permanecer. Estamos tão cansados de nos sentirmos como nada mais que uma
agenda religiosa, um argumento pra vencer, um ponto a fazer, uma causa pra
defender, uma alma pra salvar. Queremos ser mais que um enfeite no seu cinto da
salvação; outro número pra encher seus posts no Twitter e seus papéis de
estatísticas de final de ano. Precisamos ser mais que adereços de apelos nos
cultos, que recebem seus aplausos e cumprimentos pelo corredor, e então
esquecidos assim que a música acabar. Temos orado por você, pra que pare de nos
evangelizar, de pregar pra nós, de nos julgar, de diagnosticar nosso pecado,
tempo o suficiente pra simplesmente nos escutar...
...ainda que nós sejamos o problema.
Ainda que nós sejamos a mulher pega em adultério, o seguidor que
duvida, ou o rebelde filho pródigo, ou o jovem cheio de demônios, não
conseguimos ser nada além disso nesse momento; e nesse momento, nós precisamos
um Igreja grande o suficiente, e forte o suficiente, e amável o suficiente; não
apenas pra que nós um dia sejamos eles, mas pra nós como somos, agora. Nós
continuamos crendo que Deus é grande o bastante, e forte o bastante, e amável o
bastante, ainda que você não venha a ser, e é por isso que ainda que nós
tenhamos ido pra longe, isso não quer dizer que estamos indo pra longe da fé; é
apenas que a fé agora mesmo parece ser mais acessível em outro lugar.
Eu sei que você vai argumentar dizendo que você está fazendo tudo isso
e dizendo tudo isso porque você ama e se preocupa conosco, mas daqui de onde
estamos, você precisa saber que isso parece muito menos com amor e cuidado, e
muito mais com espaço e silêncio:
Se alguém está frustrado, dizer a essa pessoa que ela está errado por
estar frustrada é, bem, extremamente frustrante.
Só sopra mais distância.
Se alguém compartilha que seu coração está machucado, esse alguém não
quer ouvir que ele não está certo de estar machucado. Isso é de parar a
conversa toda.
Se alguém lhe disser que está faminto por compaixão, e relacionamento,
e autenticidade, a última coisa que essa pessoa precisa é ser corrigida por
essa fome. É como um chute no traseiro no caminho pra fora da porta.
Então sim, Igreja, ainda que você esteja certa, ainda que nós estejamos totalmente errados – ainda que
sejamos todos insignificantes, egocêntricos, e hipócritas, e críticos, e (eu
vou dizer isso), “pecadores” – continuamos sendo aqueles que estão em busca de
um lugar onde podemos ser conhecidos e podemos pertencer; um lugar onde parece
que Deus vive, e vocês são aqueles que podem mostrar isso pra nós.
Ainda que o problema seja eu, é eu que você deveria estar alcançando,
Igreja.
Então, pelo amor de Deus; chega logo.
John Pavlovitz é um pastor / blogueiro de Wake Forest, Carolina do
Norte. Um veterano do ministério da igreja local com 18 anos de atuação, ele
atualmente escreve num blog chamado Stuff That Needs To Be Said (Coisas que precisam
ser ditas), e em janeiro está lançando uma comunidade cristã on-line chamado
The Table.