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Posted by : Kadu terça-feira, outubro 28, 2014

Não me arrependo mais. Não paro mais. Não dependo mais. Não silencio mais. Não estou nem orando mais. Não leio mais. Não canto mais. Não reflito mais. Não penso, nem consigo escrever mais...
Não me contento mais. Não encontro sustento mais. Não me relaciono mais. Não olho mais para o céu, para as flores, para as pessoas. Não me emociono, nem choro mais...
Onde estou? Porque estou?
Pareço o clima atual, seco, árido, clamando por chuva..., se alegrando e contentando com pequenas gotas num intervalo de semanas...
Concluí que não sou mais eu, porém não é Cristo que vive em mim..., identidade virada de cabeça pra baixo..., não sei pra que ou porque digo sim, nem sei mais dizer não. Morri?
Esperança? Ainda bem que esse é o nome do meu amigo. Amigo que faz tempo que não vejo..., reflexo é que até coisas da nossa cultura atual, tão “necessárias” como o facebook, são pouco lembradas por mim; estou distante dos amigos..., estou distante do Amigo.
Mas, voltando a Esperança, Ele me (re)encontrou..., sim Ele, o Esperança.  Como aquele turbilhão de águas que há lá debaixo da terra, mesmo em tempos de seca (e que só nossos governantes não querem saber) também tem um turbilhão de águas dentro de mim, mas debaixo de muita coisa, muito entulho, porque tentei aterrar pra fazer uma estrada bonita, um atalho pra chegar nos meus queridos destinos.
Mas está lá..., basta cavar então? Não precisei! Uma gotinha de chuva de Esperança é capaz de derreter toda camada de terra do aterramento que criei. Você já viu água descendo no barro, removendo-o até que dá pra ver o que há por baixo? Pois foi assim..., e lá estava, um turbilhão de águas. Águas que limpam pra que eu me arrependa. Águas que me param pra trazer refrigério. Águas que me mostram o que meu corpo pede, pois tenho uma sede a ser saciada dentro de mim. Águas que vem tão forte que seu som é mais alto que o meu, e isso me silencia, e depois do silêncio vem a vontade de falar com o dono da água, então eu oro e leio a Bíblia. O som das águas me lembram canções das antigas, e eu canto..., canções que me faziam pensar, traziam palavras que reflexão, reflexões que me inspiram a fazer o que estou fazendo pra você ler...
Essas águas me saciam de tal forma que não tenho mais sede, e talvez, por sua verdadeira função, não me darão sede nunca mais. Águas que me trazem o que necessito, seja numa corrente ou onda, seja num barquinho, seja numa vara ou rede dentro dela..., águas que me lembram que nenhum homem é uma ilha, por isso corro de volta aos meus “próximos”. Águas tão belas e cristalinas, que percorrem
seu fluxo com tamanha graça e força, que me fazem lembrar da bela criação e de como tudo tem o seu lugar, e de como tudo reflete quem a Esperança é, assim reparo mais na voz da Esperança sussurrada por sua criação, suas criaturas. E isso me enche de paz e de alegria..., essas águas são tão fortes que sobem por dentro de mim e rolam dos meus olhos, pura emoção!

De “onde estou” passo a “com quem estou”; de “porque estou” a “pra que ou pra quem estou”! E tudo mudou..., porque a Esperança me encontrou, trocou uma ideia comigo, restaurou minha identidade, me recolocou no lugar e me preencheu mais uma vez..., e me ensinou que Graça é também seu nome!

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