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Posted by : Kadu quarta-feira, março 23, 2016

postagem original no blog Beyond Imagination, em 19, janeiro, 2014. 
por Catherine Rivard

Querido Novo Missionário,
Eu estava sentada na minha barraquinha da Wycliffe no hall de entrada do auditório da faculdade e não prestava muita atenção, provavelmente tentando escrever mais algumas notas de agradecimento. Era semana de missões em sua escola, mas a essa altura a maioria dos estudantes já tinha se dispersado para as suas aulas, e eu podia escutar alguns músicos se aquecendo nas salas de ensaio do outro lado do corredor. Estava calmo.
E então você veio. Você se sentou perto de mim com sua lista de perguntas, e eu fiquei maravilhada com seu discernimento, sua ânsia de se preparar para esse caminho que Deus havia te chamado.
Chegando ao final de nossa conversa, você olhou pra mim, com uma última pergunta. “Mais cedo, eu escutei o palestrante, um missionário, e ele passou todo seu tempo descrevendo a angústia, e dores, e sofrimento, e desastres que acometeram ele e sua família. E então ele terminou a conversa com um enorme sorriso e gritou, 'você também deveria se tornar um missionário!' ”
Você balançou sua cabeça espantado e disse: “Como ele consegue fazer aquilo?!”
De fato!  Como ele consegue fazer aquilo? Como eu posso fazer isso? Penso em tantos momentos, seja se tratando de tentar pegar uma comida nova em meu caminho, seja encarar a aranha gigante no chuveiro, ou ainda tentar encontrar as palavras certas em minhas habilidades linguísticas limitadas para compartilhar a verdade de Deus ou dizer tchau de novo e de novo. É claro, nós somos mandados a fazer isso, e francamente, eu acho a experiência no exterior bem legal.
Mas isso não é suficiente
Como ele consegue? Porque Deus acendeu um fogo em seu coração, e não fazer isso ou significa ser consumido pelas chamas ou significa tremer ao tentar escapar dessas chamas. Pois quando Deus te chama pra isso, Ele te habilita à isso e te dá a mais profunda alegria nisso.
E permanecer com Ele no meio desse fogo, permitindo-O te usar a despeito de seus defeitos e falhas em amar e alcançar as pessoas pelas quais Ele morreu, bem, isso é glorioso, porque nesses momentos não se trata de você e do que você pode fazer ou onde você pode ir e o que deixa para trás. Nunca se tratou disso. Porque toda dor e agonia (que em ultima instância marca a vida de qualquer ser errante nesse mundo caído), mesmo sendo lamentável, e real e digna de cada lágrima, parece sumir diante dEle e diante daquele fogo. E um dia, essas lágrimas irão cessar, e você irá permanecer com Ele em alegria e não apenas para ver os frutos de como Ele usou sua vida, mas vendo-O, aquEle que moldou você, te santificou e te levou até Ele mesmo, naquela vida.
É assim que ele consegue – ou, ao menos, como eu consigo.
E é assim que você pode, meu amigo.
Juntos, olhamos pra fora pela janela, por todo hall de entrada, não haviam mais palavras, e eu fiquei imaginando no que você estava pensando ou seu eu te aterrorizei completamente para sequer se aventurar no campo missionário. O campus estava começando a despertar de novo e os alunos pegavam suas mochilas em um dos ombros, duas meninas de cabelos encaracolados conversavam em um canto. Você também pegou sua mochila, depois olhou pra mim, sorriu e me deu um leve aceno.

E eu percebi que o fogo havia sido aceso em você também.

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