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Posted by : Kadu segunda-feira, fevereiro 15, 2016

Meditação baseada nos dois primeiros capítulos de Lucas
Estive aqui lendo o começo do livro de Lucas nessa manhã, e de modo muito interessante me apeguei em algo no qual talvez nunca tinha realmente parado pra pensar. Os dois primeiros capítulos de Lucas mostram o preparo para a vinda de Jesus, com Zacarias, Isabel e o anjo Gabriel mostrando pra eles o nascimento de João, e também mostra a vinda do próprio Jesus, através do mesmo anjo Gabriel (deve ser um “parça” bem próximo de Deus!) falando com Maria sobre sua gravidez. Até aí ‘normal’, já que todo mundo conhece essas histórias, até mesmo quem não lê a bíblia. Agora o que me saltou aos olhos, como nunca antes, foi o fato de como o próprio Deus anunciou e trouxe “vida” à essa história, à esses anúncios. Primeiro, escolhe um casal já idoso (“sou velho e minha mulher já é de idade avançada”), cuja mulher era estéril, e diz pra eles que dali, deles, viria um profeta que prepararia o caminho “no espírito de Elias, para fazer voltar o coração dos pais a seus filhos, e os desobedientes à sabedoria dos justos, para deixar um povo preparado para o Senhor”. A atitude de Isabel é inspiradora, com gratidão e reverência, confiava que o próprio Senhor havia realmente feito isso, mesmo não podendo falar para Isabel o que havia visto e ouvido naquele dia servindo na casa do Senhor como sacerdote. O anjo Gabriel, o “parça” de Deus, agora vai até uma parente de Isabel, chamada Maria, que devia ser uma adolescente ainda, prometida em casamento a um certo José. Pra ela, Gabriel vai mais longe e fala que ela ficaria grávida simplesmente do próprio Filho de Deus!! E, depois de questionar como isso se daria, ela também aceita, se colocando maduramente (uma adolescente!) como serva do Senhor, dizendo “aconteça comigo conforme a tua palavra”. O anjo ainda fala pra ela sobre Isabel e seu filho e Maria decide ir até lá. Assim que chega, o menino João, ainda no ventre, se agita de modo que Isabel compreende, tomada do Espírito, que aquele era Senhor sobre ela (uma senhora, casada com um sacerdote, falando de um bebê, que ainda deveria ser um “serzinho” de poucos centímetros dentro da barriga da parente adolescente). Quando chega o momento de Jesus nascer, José e Maria estão na cidade de Davi, Belém, numa manjedoura/estábulo sem local para se hospedarem dignamente, sem hospital, Unimed nem mesmo SUS! Uma adolescente e seu ainda não marido, em uma cidade distante, sem espaço na pousada ou no hotel, num abrigo para animais, sofrendo o trabalho de parto..., do FILHO DE DEUS!!!! Quando nasce, Deus vai avisar alguns “pastores que estavam nos campos próximos e durante a noite tomavam conta de seus rebanhos.” Ora, depois de uma extensa aula de humildade, ainda resta uma a mais, na qual realmente meus olhos abriram para compreender melhor tudo isso: Deus, o PAI daquele bebê que acaba de nascer, vai avisar sobre o nascimento de seu filho para..., Reis e Príncipes, Governadores, Imperadores, Sumos-sacerdotes, o dono da hospedaria???? Não, pastores “zé-niguém” que estavam cuidando de rebanhos... Me dei conta, como pai de duas meninas, que na alegria do nascimento de cada uma delas, eu queria anunciar ao mundo todo, começando de quem era mais importante pra mim, que o momento mais marcante de toda minha vida havia acontecido: nasceu minha filha (primeiro uma, depois outra!). Se eu fosse importante, talvez meus amigos mais próximos seriam de importância igual, parecida, ou até maior! Se eu fosse um Rei, talvez meus primeiros anúncios seria, após a família, outros monarcas e príncipes, chefes de estado e presidentes, toda a mídia importante, etc... Mas como não sou nada disso, após o anúncio para a família, anunciei para os amigos mais chegados, gente que tem muita importância pra mim, tanta quanto a própria família. No paralelo com Deus, quem ele julgou importante no momento de nascimento de seu único filho - o Messias, o Rei, o Salvador do Mundo, o Todo-Poderoso, Senhor, Maravilhoso Conselheiro, Príncipe da Paz, que esmagaria a cabeça da serpente, que venceria a morte, etc, etc, etc – foram simples pastores de rebanhos do turno da noite! Quando lemos em Filipenses o trecho do capítulo 2, versículos de 5 a 8  - “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!” – Paulo nos ajuda a compreender melhor ainda esse papo todo de humildade, que começa no próprio Deus.

Infelizmente, tão em falta em nossas vidas nos dias de hoje! Tomar como exemplo Cristo, o próprio Deus, é ver na história sua prática real de amor  em trazer ao mundo a salvação em forma de bebê, vindo de uma família humilde, de uma adolescente virgem ainda não casada, celebrada numa casinha de animais com pastores de rebanhos do turno da noite! Talvez humildade seja uma das facetas do amor, do Amor! 

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