UM por todos...

Estou aqui, pensando em brincadeira de criança, entre pais e filhos e isso tem me feito pensar na vida com Deus, sendo nós seus filhos.

Como é bom brincar com o Pai. Ao menos vejo os olhinhos da minha filha brilhando quando está brincando comigo. Às vezes ouço ela me procurando: “cadê o meu papai, eu quero o meu papai!”. Isso é bom demais!

A vida com Deus se assemelha a isso. Talvez seja como um parque de diversões..., natural para uma criança num parque de diversões é se soltar e se divertir. Muitas porém “travam” na hora de ir em algum brinquedo mais “perigoso”, quando a aventura é mais alta, mais desafiadora. Preferem o parquinho da praça aos parques da Disney! Porque?

Muitas crianças confiam plenamente no pai quando ele diz que vai junto. Outras talvez nunca tenham tido um relacionamento correto com o pai e por isso não sabem confiar, e se não confiam, não exploram nada que vá além do que suas próprias cabecinhas e experiências dizem que é seguro e que traz alegria. Acabam por não saber se o brinquedo “perigoso” trará mais alegria, ou se a aventura mais desafiadora trará experiências melhores. Por conta disso também não se arriscam a conhecer mais do cuidado do pai, afinal nunca vão saber se podem confiar no pai além do que já conhecem.

Como pai, acho isso frustrante. Se minha filha não quiser experimentar algo que eu estou dizendo que é bom, que vou estar com ela e protege-la do mal, vou ficar triste, com certeza. Talvez ainda não tenha tido relacionamento suficiente com ela a ponto de que ela confie plenamente em mim. Enfim, quem me conhece sabe como sou com Yasmin e já deve ter visto ela no ar, sendo jogada pro alto, ou de ponta cabeça, segura apenas pelos pés. Ela confia em mim! E por conta disso experimenta novidades que trazem ainda mais alegria pra ela..., e não só isso, mas ela vai cada vez mais conhecendo a veracidade do que sempre digo pra ela: “Eu te amo, pra sempre, e sempre vou cuidar de você minha princesa!”.

Mas é natural que existam relacionamentos quebrados entre pais e filhos hoje, infelizmente! E, ao meu ver, a pior consequência disso não é que a criança viva pensando somente no que é seguro aos olhos e experiência dela, mas sim que não vemos muita gente arriscando nada novo, diferente, grandioso, simplesmente porque pensam antes no que suas próprias (e pequenas) experiências ditaram a respeito do que é seguro e do que é ser feliz.

É a vida na gangorra. gangorra é seguro, é fácil de entrar, fácil de sair, tem onde segurar. E já conhecemos essa simples experiência. Qualquer criança pequena que se preze já foi na gangorra. Conhece essa experiência, ou seja, é experiente nisso! O porém é que muitas crianças ainda não experimentaram a montanha russa e se mantém seguras e firmes de que já sabem o que é plena diversão!! Meu querido, montanha russa é bom demais!!

Mas sem o Pai ao lado, pra que confiemos nEle, realmente não viveremos nada além da experiência da gangorra. Na gangorra, quando o Pai vai pra cima, eu vou pra baixo. Fico sempre de frente com Ele, mas nunca lado a lado. Não é possível dar as mãos. Mas, como é um brinquedo simples, altura relativamente baixa (não dá pra machucar tanto se cair), e posso sair quando quiser, prefiro esse do que qualquer outro.

Muito melhor que brincar na gangorra com o Pai, é andar de montanha-russa! Como já escrevi, na gangorra, estou sempre do lado oposto do Pai. Apesar de conseguir vê-lo a minha frente, não estou lado a lado com Ele. Pra quem é Pai, sabe que é muito melhor o sentimento de brincar lado a lado com seu filho. Pra quem é filho também! Apesar disso, muitos relacionamentos quebrados, mostrando que isso é quase que a regra hoje em dia, tem feito que filhos prefiram apenas andar de gangorra, nunca lado a lado.

Sua gangorra pode ser sua experiência. E é tão (ou muito mais) absurdo quanto a experiência de vida de uma criança frente a experiência de vida que seu pai tem, a sua experiência de vida frente a do seu Pai do céu! Ainda que seu Pai queira te mostrar a vida adiante, o quão mais feliz você será ao embarcar numa aventura lado a lado com ele, você o responde na “altura” de sua experiência de vida! Você prefere o parquinho da esquina à Disney!!!!

Mas eu tenho algo a te dizer: SE JOGA!!!! Andar de montanha russa pode parecer mais perigoso ou coisa assim, mas o Pai vai estar do seu lado o tempo todo..., se você quiser Ele ainda segura a sua mão!! E você vai perceber que as experiências com Ele do lado podem ser mais arriscadas, mas são ainda mais seguras e trazem muito mais felicidade, experiência de vida, etc...

Saia da monotonia da gangorra e experimente algo mais com o Pai. Arrisque mais e conheça mais do Pai que é perfeito. Tenha um relacionamento mais aberto e de confiança no Pai..., não confie mais em suas próprias e pequenas, porque não dizer limitadas, experiências. Te garanto que Ele sabe o que é melhor pra você. A volta nessa montanha russa vai curar suas dificuldades com a paternidade de Deus, te trazendo mais confiança pra caminhar em novidade com Ele! Te garanto que no final da volta você vai estar doido pra ir de novo! Te garanto que vai querer levar mais gente junto nessa jornada!!

Ainda que não saiba qual a próxima curva, qual o tamanho da decida, quantos loopings vai ter, saiba que o Pai estará do seu lado sempre, pra sempre! Porque Ele te ama, Ele te protege, te livra do mal. Mas, muito mais que isso, porque Ele te ama, Ele quer te fazer viver a vida plenamente, de maneira abundante, com todas as experiências possíveis, descobrindo coisas novas, te levando a felicidade, porque Ele é bom!

E aí, qual vai ser a brincadeira de hoje: gangorra no parque da esquina ou montanha russa na Disney??