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Posted by : Kadu terça-feira, janeiro 14, 2014

Mas eles insistiam: "Ele está subvertendo o povo em toda a Judéia com os seus ensinamentos. Começou na Galiléia e chegou até aqui"Lucas 23:5 NVI

Perdemos a força, perdemos os modos. Nos alinhamos a uma roda que gira conforme o que domina este mundo ao nosso redor. E os dominadores deste mundo tenebroso nada tem a ver com o Cristo, aquele que tinha a força e os modos que causavam esse espanto todo, inclusive naqueles que se diziam detentores das coisas de Deus, da palavra e dos modos do próprio Deus.
Hoje, ao invés de subersivos, temos sido compassivos (no pior sentido da palavra), submissos a um modo de vida que não choca, não se rebela, não reforma, não é subversivo em nada!
Pra que se entenda um pouco melhor a palavra subversão:

A palavra "subversão", é um adjetivo que se originou do latim a partir da palavra subversu, que significa desestabilizar. O dicionário descreve como: 


Subversivo (que discursa de forma dúbia);
Pessoa revolucionária, que faz rebelião;
É uma ação de subverter, criar uma anarquia;
Quem arruina, faz com que se confunda a forma de pensar mudando os rumos dos objetivos propostos inicialmente num projeto, com a intenção de criar um caos.
Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/subversão/


Não temos sido assim, embora deveríamos. E isso soa estranho aos olhares e ouvidos conservadores. Soa ainda mais estranho no mundo atual de "paz e amor gospel", daquele famoso jargão "não julgueis" ou do pensamento fatalista de que o mundo vai de mal a pior e é assim mesmo!
Não! Me recuso a pensar assim, embora ainda esteja longe de agir completamente assim.
Meus pensamentos se voltam ao texto de Atos 16, quando Paulo e Silas provocam um "girar invertido da roda", quebrando a "banca" ao tirar o lucro de algumas pessoas em Filipos. O que se diz a respeito desses crentes bonzinhos é: "Estes homens são judeus e estão provocando desordem na nossa cidade". (Atos 6:20 NTLH)
Como cristãos, temos que subverter nosso modo de economia atual, de lucros injustos e indevidos, um sinal desse texto de atos.
Como cristãos, temos que subverter nosso modo de religião atual, de impôr fardos pesados sobre os outros, fardos estes que nem os que os impõem conseguem carregar.
Como cristãos, temos que subverter nossos modos culturais, de privilégios, de desigualdades, de bobeiras e besteiras que são tidas como artes.
Como cristãos, deveríamos causar mais impacto na sociedade atual, impacto real e verdadeiro, sinalizando a Cristo e seu Reino, e não a nós como "povo gospel" de cultura absurda, exclusivista e de gueto; de economia "próspera" onde supostamente quem tem mais fé (entenda-se: dá mais dinheiro para os líderes) tem 7 vezes mais que os outros, onde o luxo dos "templos de Salomão" contrastam com a pobreza e miséria da maioria do mundo ao redor; de religião papal, com figuras de líderes proeminentes, que valem mais que os outros, que tem mais poderes que outros, que tem mais privilégios que os outros, que não servem ninguém mas querem ser plenamente servidos, que em nada lembram aquele que na última ceia não quis ser servido, mas serviu até mesmo seu delator, essa atual religião de dogmas e doutrinas sem sentido que aprisionam a mente daqueles que deveriam ser também sacerdotes.
Enfim...
Fico a pensar nessas coisas pois tenho ouvido muitas vezes sobre o suposto privilégio que temos ao vivermos num país livre de perseguições ao nosso culto e profissão pública de fé. Desculpem-me os que pensam assim, mas ouvir isso me causa calafrios e meus nervos saltam sob a minha pele. Fico louco ao pensar nisso!! 
Afinal, é óbvio, mas pra muitos nem tanto, que não sofremos coisa alguma porque não vivemos coisa alguma parecida com o que o próprio Cristo viveu, com o que Paulo viveu, com que os apóstolos viveram, com o que os grandes reformadores viveram, com o que os missionários viveram e ainda vivem mundo afora e Brasil afora também. Isso mesmo, Brasil afora!
Sim, no Brasil, quem vive o verdadeiro evangelho de Cristo, sinalizando o Reino de Deus, também sofre por ser subversivo. E te convido a fazer uma análise de si mesmo, se você tem de alguma forma sido subversivo, ou se tem "medinho" do que os outros vão falar.
Pra quem acha um "privilégio" viver num país que não persegue, convido você a travar uma batalha como a que travou e ainda trava a ATINI. Fale isso praqueles que trabalham no meio político, como sinalizadores do Reino. Te convido a pensar nos que estão nas favelas dominadas pelo tráfico tentando tirar os "aviõezinhos" dos senhores do crime. Te convido a adentrar as lideranças políticas da sua própria denominação e tentar fazer com que as verbas dela sejam destinadas mais pra fora do que pra dentro dos templos. Se for um dia convidado a pregar na sua igreja ou num acampamento de carnaval, fale mais sobre a realidade dos abusos cometidos, abusos físicos, sexuais, etc. Também te convido a chegar em seus familiares e demonstrar um outro estilo de vida, bem mais simples, bem menos preocupado com coisas, com profissões, com contas a pagar. Te convido a escrever algum texto desse, porque até você que está lendo já deve estar aí pensando em alternativas para um modo de vida subersivo. Eu escrevo e também fico a pensar...
Mas, a verdade é que temos que "causar", muitas vezes ser espada e não paz, muitas vezes ser "entregue às autoridades" até pelos próprios familiares, ser excluídos de nossa denominação, ser exilados políticos, presos, escarnecidos, intimados, julgados, sentenciados..., se isso tudo é necessário para que Jesus seja visto, seja manifesto, e o caminho possa ser aplainado para que seu reino venha! E não sei se é novidade pra você, mas tem algo que foi dito a Timóteo que serve perfeitamente para todas as épocas, inclusive pra nós hoje: "De fato, TODOS os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos." (2 Timóteo 3:12 - grifo meu)
Infelizmente não é algo que temos visto e ouvido. Subersão dá trabalho, causa mais perdas do que ganhos (no que a roda atual define ser ganhos e perdas).
Alguns me dirão aquele papo de não julgueis (de novo!) e podem até dar mais "trabalho" a esse pensamento falando sobre a necessidade de ser pacificadores. Não sei se entendem o que realmente estão dizendo, ou se estão querendo repetir uma história como a da Pax Romana..., talvez desconheçam esse fato, mas o argumento mais simples é que a paz que eu busco não é a de Pão e Circo, mas a paz que excede todo entendimento, aquela do estabelecimento do Reino, o qual muitas vezes é conquistado a força, na força da subversão, por Amor, pelo Amor...

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