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Posted by : Kadu quarta-feira, outubro 31, 2012



Fui desafiado nesse mês a responder a questão abaixo, para a matéria "Novos Modelos Eclesiais" da faculdade de teologia..., segue abaixo o resultado. Depois você me diz se seria membro dessa comunidade.

"Se Deus quizer, e com o apoio e a orientação do Espírito Santo, que tipo de igreja plantaria, no meu contexto atual, ou futuro, a favor do Reino de Deus?"

Creio que primeiro faria o possível para compreender a visão de Deus para a plantação de tal igreja no contexto que estaria inserido, isto é, descobrir a realidade ao meu redor, conhecendo as pessoas do "recorte geográfico", suas necessidades, suas conversas, suas tradições e culturas, sua herança religiosa, etc...
Creio que dando esse primeiro passo já estaria me inserindo na vida e no cotidiano das pessoas (porque não há como descobrir todas esses aspectos se não estiver eu mesmo inserido nesse meio), ganhando a confiança e a abertura necessárias pra propor algum tipo de movimento que pudesse suprir necessidades ou mesmo enaltecer e/ou promover qualidades, movimento esse que poderia denominar de igreja. Com  orientação do Espírito Santo faria todo o possível pra que cada detalhe desse movimento fosse um sinal que apontasse diretamente para Deus, para sua história de amor e reconciliação através de seu Filho Jesus Cristo.
Assim, apesar de ter esses conceitos mais claros em minha mente, sua execução demandaria muito mais esforço devido a sua complexidade, como vi nas aulas.
Sendo assim, alguns princípios naturalmente devem estar orientando de maneira bem clara e sólida essa execução, já que apesar de maleáveis quanto às suas abordagens e ferramentas, os princípios devem ser firmes.

Creio que esse movimento, ou igreja, seria antes de tudo informal. Seria organizada, porém tudo sendo pensado de maneira informal, já que deve ser atrativa, estando atenta aos movimentos de um mundo pós-moderno. Todas as suas atividades se voltariam para que seu público pudesse não só estar atento ao que se passa, como receptor passivo, porém que também pudesse atuar, buscando ser fiel ao princípio do sacerdócio universal de todos os crentes. Teria espaço para atuações diversas, crendo no princípio de que Deus é criador de todas as coisas, e tudo pode glorificá-lo. Teria bem definido também a mútua cooperação, a interdependência, no uso dos dons e talentos específicos dados pelo Espírito, pra edificação do seu Corpo.
Esse movimento também teria forte ênfase no estudo da Palavra, das mais diversas e interativas maneiras quanto fossem possíveis. Teria que ser acessível a todas as pessoas, então até mesmo quem não sabe ou não pode ler deveria ter acesso ao estudo da Bíblia, por isso a necessidade de interatividade e uso das mais diversas tecnologias. Dentro desse aspecto poderia desenvolver, inclusive, uma espécie de seminário teológico gratuito, não elitizando o conhecimento aprofundado da palavra.
Tendo em vista essas duas primeiras ações, essa "igreja" não deve ser nem pequena (em quantidade de membros) a ponto de minguar até extinguir (sem dar o calor suficiente, esfria), nem mesmo tão grande que não haja como haver essa "organizada informalidade" com profundidade bíblica. Por isso uma organização em grupos pequenos, células ou seja lá o nome que se quiser dar, seria a maneira mais adequada de se organizar. Assim também seria possível uma maior comunhão e comunicação entre os participantes e descentralização de poder. Seria também mais atrativa para a família como um todo, pois haveria espaço de qualidade para comunhão e expressões de fé até mesmo para os pequenos.

Essa forte ênfase no estudo bíblico não deve excluir o estudo da atualidade, de temas do cotidiano, pra ser sempre atual, sempre relevante nessa história nesse contexto vivido. Também não deve excluir o estudo da teologia com medo de sistematização da fé e criação de doutrinas inflexíveis. Equilíbrio é a palavra correta aqui.
Esse movimento, por estar "antenado" com o mundo ao seu redor, promovendo comunhão íntima e conhecimento das realidades ao seu redor, seria também um movimento de transformação social, de promoção de justiça. Sua maneira de fazer evangelismo, além de intencional, seria voltado às necessidades. Porém não de maneira humanista, mas sempre baseado em intercessão e em escutar a voz de Deus a respeito de cada necessidade.
Por essa razão, essa também seria uma "igreja" que não abre mão da oração, a conhecendo na teoria e na prática. Entendendo seu papel não manipulativo da vontade de Deus, mas co-participante em seus desejos e atuação. Esta seria uma comunidade que busca o coração de Deus a respeito das diversas situações que enfrenta.
Por orar e ouvir a voz de Deus, esse movimento seria gerador de outros movimentos parecidos, sem necessidade de ligação denominacional, já que o Reino é do Rei. Pra gerar esses outros movimentos essa comunidade deverá ser abençoadora, hospitaleira, doadora, generosa, enviadora. Seria sustentadora de projetos diversos, ensinando-os a ser autóctones, pra também de maneira independente gerarem outros projetos. Seria definitivamente um movimento multiplicador. Também seria cooperador com outros ministérios, por estar vivendo debaixo dessa crença de que somos parte um corpo, que somos uma pequena parte de um Reino.
Fazendo um resumo de tudo isso, estaria preocupada talvez com 3 áreas primordiais: treinamento, evangelismo e atos de misericórdia.
É óbvio que até aqui se parece com uma comunidade perfeita, que não tem espaço pra derrotas, não tem obstáculos pra chegar onde quiser, pra crescer o quanto puder. Porém o "detalhe" que falta até aqui é compreender que essa comunidade será ocupada por seres humanos. E nós, seres humanos, em toda nossa complexidade, baseados na verdade do pecado original e do afastamento de Deus, enfrentaremos sim, lutas, batalhas, obstáculos..., enfim, essa "igreja" precisa saber que irá errar, pecar, se equivocar em diversas situações. Sendo assim, a "atmosfera" que circunda essa comunidade deve ser de humildade e perdão, reconhecimento de seus erros e pecados. Sempre consciente da necessidade de reconciliação, já que é um dos pontos principais do evangelho que professa.
Esse último aspecto sempre norteará essa comunidade, a direcionando para o centro que é, que sempre será Jesus Cristo, cabeça dessa comunidade, onde, e somente onde, essa comunidade subsiste.

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