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- Série: Reflexões Teológicas - A Igreja, o Reino e o Mundo
Posted by : Kadu
quinta-feira, dezembro 09, 2010
Nessa atividade da faculdade de teologia foi proposto que eu fizesse uma relação entre três perspectivas:
1. A Igreja é o Reino de Deus no mundo
Essa perspectiva diz que Igreja e Reino de Deus têm “o mesmo tamanho”, ou seja, não existe nenhuma ação, dimensão ou realidade do Reino de Deus que aconteça fora dos limites da Igreja.
2. Igreja e Reino não se misturam com o mundo
Essa perspectiva isola a Igreja e o Reino de Deus desse mundo presente. Entende-se, dessa maneira, que o Reino é uma realidade única e exclusivamente futura, celestial, e que não tem implicações muito concretas para a realidade do povo. Também se entende que a Igreja é chamada não para se inserir nesse mundo, mas para viver alheia a ele.
3. A Igreja é sinal do Reino de Deus no mundo
Essa perspectiva afirma que a Igreja, em si mesma, não é o Reino de Deus, mas é uma agente deste: incompleta, ainda cheia de sinais do pecado, ainda precisando redescobrir em si mesma o caminho do próprio Reino.
Segue abaixo o texto que elaborei:
Primeiro, respondendo à perspectiva de que a Igreja é o Reino de Deus no mundo, já coloco como não concordante. Embora, por muito tempo, tenha aceitado essa visão e agido em função dela, através da minha vivência ministerial e últimos estudos acerca do tema, tenho percebido o quão falha é essa visão e o quanto ela afeta negativamente as ações de quem nela acredita.
A Igreja reflete em ações e palavras aspectos relacionados ao Reino de Deus, que governa o mundo todo e age no mundo todo, não só na realidade eclesiástica. Desde que a igreja seja uma espécie de funcionalidade do Reino de Deus, não posso permitir pensar que ela É o Reino de Deus.
Assim como as instituições políticas, representadas por exemplo pelos poderes legislativo, executivo e judiciário representem e reflitam aspectos políticos e existam pra isso, não posso limitar política às ações dessas instituições.
Assim também não posso dizer da igreja. Mesmo da comunidade que não vive pela instituição, mas pra servir as pessoas por amor e obediência à Deus, não posso chamar de Reino de Deus, mas de expressão prática desse Reino.
A igreja é comissionada pelo seu cabeça, que é Cristo, pra mostrar realidades no tempo presente daquilo que escatologicamente está se cumprindo, inaugurado na morte e ressurreição de Cristo. É apenas um aspecto desse reino, que existe pra redenção da totalidade das coisas.
Qualquer ação, motivada e inspirada pelo Espírito Santo, em obediência à Deus, em direção à redenção de todas as coisas e pra fazer convergir todas elas em Cristo Jesus, é ação do Reino de Deus.
Suas falhas limitam nossas ações fora do âmbito eclesiástico, como no campo social, ambiental e político, por exemplo. A visão dominante é “salvar almas” e levá-las pra dentro do “aprisco”, longe do “mundo”. Assim acabamos por nos tornar como guetos alienantes, longe do propósito de anúncio do Reino e crendo que ali, na comunidade denominada igreja, tudo é perfeito, como se o Reino de Deus estivesse ali por completo, pleno.
Talvez seja esse ponto que insira em nossa mentalidade a segunda perspectiva, de que Igreja e Reino não se misturam com o mundo. Ora, desde que o mundo todo é alvo do amor de Deus, pra que TODAS as coisas sejam redimidas e restauradas em Cristo Jesus, quando da plena instalação da Reino entre nós, como podemos viver alienados, distantes desse mundo? Afinal, de que mundo somos?
É mais uma visão presente em nosso meio que impossibilita o crescimento da igreja qualitativamente, ampliando também a atuação e demonstração de como as coisas realmente deveriam ser, exemplificando o Reino perfeito de Deus. Apesar de Jesus ter dito que seu Reino não é deste mundo, nunca foi sua intenção se abster do mundo, como que fazendo com que essas palavras quisessem dizer respeito à realidade última do Reino de Deus. Ele não é proveniente deste mundo, da cosmovisão que reina neste mundo, inclusive desta, que limita o Reino de Deus à igreja e que diz que esta deve se abster e se distanciar do mundo.
Como demonstrar pra uma sociedade alienada, distante de Deus, sofrendo as mazelas das estruturas dominantes, que o Reino de Deus é melhor se não nos relacionamos profeticamente com o mundo ao nosso redor? Como ser efetivo na evangelização sem estar presente nesse mundo? Como não demonstrar abertamente as obras resultantes de ser crer em Cristo, nesse mundo, pra que vejam que o Reino de Deus é a melhor proposta de vida?
Desde que o mundo é alvo do amor e redenção, é nele, nesse tempo, nessa história, que devemos, como igreja, atuar de maneira prática e profética, em obediência ao chamado e à missio dei.
Sim, devemos nos abster de sermos dominados pela cosmovisão atuante e que predomina no “mundo que jaz no maligno”, não sendo influenciados e vivendo debaixo do jugo das estruturas dominantes, mas não há como influenciar de maneira “contra-cultural” efetivamente estando distantes do “mundo”.
Também não teremos respostas efetivas e práticas, que demonstrem corretamente quem é Deus e o que Ele pretende com Seu Reino, ao colocar a realidade desse Reino somente para um futuro distante, numa escatologia equivocada. Repito: é nesse tempo, nessa história, nesse mundo, que o Reino de Deus se faz presente, embora não ainda plenamente, e, por isso, é nesse tempo, nessa história, nesse mundo, que a Igreja deve atuar como agente, demonstrando as implicações concretas e atuais para cada problema desse presente século.
E assim, temos como resultado a visão que creio ser a correta, da perspectiva que a Igreja é sinal do Reino de Deus no mundo, como agente do Reino, mas imperfeita. A Igreja existe pra mostrar em palavras e ações, neste mundo, neste tempo, nesta história, a realidade de um Reino que “já está, mas não ainda”. Demonstrando a beleza de sua realidade presente, mas que só será completa na consumação de todas as coisas, em Cristo Jesus.
A evangelização, a intenção de mostrar a salvação em Cristo Jesus, as missões, as obras sociais, todas devem estar conectadas com a realidade do Reino de Deus, presente em seu agente denominado igreja (comunidade dos que entendem e aceitam a morte e ressurreição pra redenção de todas as coisas por intermédio de Jesus Cristo) de modo ainda incompleto, imperfeito, mas plenamente capacitado pelo Espírito Santo de Deus, a ser esse agente, esse embaixador desse Reino.
Creio então na realidade desse Reino de Deus, inaugurado desde a morte e ressurreição de Cristo, de maneira que ele está, mas não ainda, sendo demonstrado pela relação que e Igreja de Cristo tem consigo mesma e com o mundo ao seu redor em todas as esferas e estruturas sociais, políticas, ambientais, etc... Creio também que o Reino é de Deus, não da Igreja, e que essa é apenas, e privilegiadamente, participante deste Reino. Que a missão é de Deus, não da Igreja. Que a Igreja é mais do que instituição, é um organismo vivo, e que vivemos não para esta, mas como sendo esta, pra realizar as obras que Deus preparou de antemão pra que as realizássemos, em direção ao testemunhar da beleza do Seu Reino.
Essa declaração me faz mais humilde e me coloca na perspectiva correta de quem eu sou, e pra quem eu sou, como Igreja de Cristo, como mundo e como parte do Reino de Deus.