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Archive for setembro 2009

Click (mais um processo!!)

By : Kadu
Estou lembrando aqui do filme Click, com o Adam Sandler..., muito bom..., não viu???
Muita coisa boa dá pra tirar dessa história.
Tem um momento que acho que é especial. O (ou a) personagem vivida pelo Adam vai conversar com o tal Morty (aquele que arruma o controle remoto universal pra ele!) sobre passar direto alguns "capítulos" de sua vida, pra não ter que passar pelo processo longo da espera e do trabalho cansativo pra conseguir o tal cliente que vai lhe proporcionar ser sócio da empresa que ele trabalha. Ele pergunta ainda o que Morty acha e a resposta dele é que ele é quem tinha o controle nas suas mãos..., agora ele é quem decide!!
Ele já havia usado o controle remoto e tinha visto os "benefícios" de passar direto por alguns momentos que ele julgava serem ruins ou chatos. Sempre com seu próprio senso de julgamento, é claro! Aí ele vê que vai demorar mais do que ele imaginava sua promoção à sócio da empresa..., pronto!!! Tá aí a oportunidade de usar o controle remoto de novo, talvez no momento mais especial e marcante de sua vida (de novo, segundo seu próprio julgamento!). Afinal, são só alguns meses e, como ele mesmo diz, ele vai perder somente algumas irritaçõezinhas da esposa, etc...
Interessante que ele já havia ficado assustado ao perceber que passando direto por alguns "capítulos" de sua vida o faziam perder alguns momentos que eram realmente importantes, principalmente para o desenvolvimento de suas relações familiares. Mas, o que importa mais??? Quem vence sempre na nossa batalha pela justiça??
Mais uma vez olho pra mim mesmo e me procuro nesse meio. Onde é que busco ansiosamente por esse controle remoto universal da minha vida??? Onde é que quero ter o controle de decidir por quais processos passar e quais tenho que pular, ao alcance de um clique!? Porque tenho essa ância de não passar por determinados processos demorados ou chatos, que são determinados pelo meu próprio senso de julgamento?
Creio que a resposta possa ser falta de confiança em quem eu (disse) que entreguei o controle da minha vida! Por não confiar nEle não consigo esperar..., por não esperar pulo capítulos essenciais da minha vida, estando, como Adam, somente de corpo presente, mas não de alma..., no piloto automático, como diz Morty.
Quando pulo capítulos passo direto pelos relacionamentos, sem dar devida importância à eles, me relacionando no piloto automático..., não há profundidade em nenhuma atitude, em nenhuma palavra. Não aproveito os momentos..., não extraio o máximo de cada momento..., não aprendo com as dificuldades..., não aprendo nada!!!! Perco os momentos graciosos da vida..., os simples e marcantes!! Não percebo os olhares e gestos de carinho das pessoas ao meu redor me dando força na caminhada..., nem mesmo da minha esposa, parte mais importante de mim!!! Esqueço que sou um com ela..., faço dela apenas mais uma comigo!!
Deus..., é complicado..., mas não quero pular capítulos por causa do meu senso de justiça!! Quero acordar todas as manhãs e entregar minha vida e caminhar diariamente pra você!! Quero aprender a confiar mais na sua justiça e em suas vontades em mim!! Quero aprender a viver o hoje, todo dia..., o amanhã trará os seus cuidados!! Não quero colocar minha vida no piloto automático quando julgar não ser importante tal momento!! Quero aprender a olhar mais para os relacionamentos ao meu redor..., às pessoas que vão contribuindo pra essa caminhada..., e que também precisam de mim de corpo, e alma, e coração...
Enfim..., quero passar pelo processo!!!!

...mais sobre o meu hoje...

By : Kadu
Hoje pela manhã tivemos culto aqui na base e ouvi nosso camarada falando sobre Exodo 13, quando Deus mostra um caminho mais longo, pelo deserto, pra que o povo saia do Egito.
O povo estava preparado pra guerra, como diz o verso 18, porém, um verso antes o próprio Deus diz que é melhor eles não irem pela rota mais curta, porque era terra dos filisteus e: "Se eles se defrontarem com a guerra, talvez se arrependam e voltem para o Egito".
É engraçado como muitas vezes me acho preparado e ornamentado para a guerra. Com armas que até o próprio Deus pode ter me dado (conf. 12:36). E mesmo assim me vejo andando no deserto..., sem saber qual caminho ao certo tomar. Sem saber o próximo passo..., caminhando no escuro!!
Mais uma vez tenho me visto assim. Caiu como uma luva a palavra de hoje de manhã!
Deus tendo que me levar para um caminho diferente do mais curto, mais fácil, só pra me preservar constante e duradouramente(?)  no caminho. Mais uma vez vejo que Deus continua mais interessado no processo, na caminhada, ainda que ela tenha que ser a mais longa, a mais difícil, pelo deserto..., e mesmo que essa não seja a rota original..., e ainda mais, mesmo que eu me ache preparado pra enfrentar os filisteus do caminho mais curto. Ele sabe me preservar..., como já ouvi uma vez: é melhor chegar mais longe do que mais rápido!!

Sobre o Novo (meu quebra-cabeças sendo montado)

By : Kadu

Esse dias tem um quebra-cabeça meio que sendo montado na minha cabeça..., várias coisas que tenho lido, ouvido, orado, pensado tem se encaixado..., algumas com certa dificuldade. Talvez ainda falte peças, talvez eu esteja querendo encaixar peças que não servem ainda, precisando de outras pra dar certo..., o que sei é que esse texto da Hellen é mais uma peça do quebra-cabeça..., escuro, como no último post. Lê aí e comenta!!

by Hellen Braga – Setembro de 2009
Eu não sei você, mas minha relação com tudo o que se chama Novo não é muito fácil. A assimilação desse vocábulo que envolve tudo que é processo que desencadeia as propriedades de uma novidade envolve sofreres para mim, muitas vezes sonorizados e por outras silenciados. Mas, tudo bem, vejamos o que podemos construir de ponte para eu não começar de fato a acreditar que eu sou a única que lido com o NOVO assim. Certamente existem aqueles para quem eu tiro o chapéu (“tá vendo, até minha expressão que denota reconhecimento irrigado por admiração é antiga”) que se preparam para o Novo, vivem esperando por ele, vivem em função dele, a atualmente construir o Novo se tornou uma atividade altamente rentável. Eita gente boa, de peito aberto, de mente aberta, que sente o cheiro do Novo mesmo quando ele está se insinuando de longe apenas, ou mesmo quando ele nem se insinua essa gente traz o Novo "na marra" à existência. Eu confesso minha fraqueza, sei lidar melhor com o que já conheço. Na verdade, nem sei se é isso de fato que justifica minha complicada relação com o Novo, mas enfim, como a gente às vezes precisa ter algum tipo de explicação ... risos, elaborei a minha.
Mas esse negócio de Novo tem me intrigado, me tomado horas do meu sono. Por vezes fico olhando meu marido dormir e penso: “Por que não posso dormir tranquilamente como ele, e pensar nessas coisas no horário comercial?” E desde que ouvi um amigo que afirma “odiar pregar” falar sobre Josué capítulo 3, eu tornei o trecho dos versos 1 ao 6 material de meditação e de perturbação paralelamente e nem sempre nesta ordem. Lembrei do William Wilberforce, ele tem me ajudado em momentos de angústia, não sou a única, quando arguido por seu mordomo se havia encontrado Deus, e o mano William afirma que Deus o havia encontrado e que seu mordomo não fazia idéia do quanto isso era desconfortável. É, estou exatamente desse jeito ... DESCONFORTÁVEL, minha real expectativa é que não esteja nessa condição sem ter sido achada por Deus como o William porque senão estarei realmente em apuros.
O Josué, ou quem resolveu contribuir registrar um pouco da saga desse guerreiro hebreu, permitiu que a história dele e a etapa que estava para começar com o povo de Israel se associasse ao Novo. Ele não iria "pegar carona" no know-how de Moisés, precisou construir seus próprios caminhos para chegar na cara da terra prometida. Ele até conhecia a trajetória mais curta para entrar em Canaã, mas com esse negócio de Novo o que “já nos era conhecido” vai literalmente para o espaço, ou como diria uma expressão antiga: “Vai pra cucuia!!!” Tô rindo aqui enquanto escrevo e pensando, “caraca, como tem coisa antiga dentro de mim, nem as expressões tem encontrado substituição”, na verdade tento casar o meu antigo com o Novo o tempo inteiro. Mas Deus não deu essa moleza para Josué não. O povo já íntimo da Nuvem e da Coluna de Fogo e o próprio Josué tiveram que rasgar seus mapas, quem os lideraria diretamente a partir daquele momento de introdução na tão sonhada terra prometida seria a Arca da Aliança. Se Deus queria promover um movimento de popularização da Arca, de fato Ele conseguiu. Engraçado, podemos tomar nossas experiências como nossa referência de orientação para o futuro, mas é a presença de Deus que nos lidera para frente e para o futuro, as experiências ajudam no processo mas não determinam se vamos de fato chegar nesse futuro. Josué e o povo por quem ele se tornara responsável estavam vivendo um período de transição, e acho que já perdi as contas das vezes que ouvi ou li sobre estarmos vivendo em tempos de transição, chego a pensar que na verdade esse lance de estabilidade é uma parada assim tipo “o santo gral”, um lance muito procurado mas não achado, mas enfim, só estava tentando esticar um pouco mais meus neurônios mas pela hora seria exigir demais que fossem mais longe, então me permita continuar na minha linha de raciocínio e simplesmente te afirmar que a História sempre está em transição, até porque nosso descanso não é aqui, então com isso estabilidade ficará para outra etapa da vida da maioria de nós (eu espero)– a eternidade, de preferência com Deus. Diante do Novo ou nos pautamos em nossas experiências ou seguimos a Arca, não tem jeito. E para piorar a minha situação nessa questão de lidar com o “tal do Novo” a orientação recebida é que o povo, na verdade todo mundo, mantivesse uma determinada distância da Arca porque precisavam conhecer o caminho em que haveriam de ir. E o autor para esmagar de vez toda minha tentativa de construir alguma segurança, resolveu dar uma valorizada no texto afirmando que por tal caminho eles NUNCA haviam passado antes. “Fala sério! Além de entrar numa terra que eles só tinham a promessa, ainda teriam que submeter-se a mais aventuras no tal do caminho Novo”. Será que Deus consideraria o meu parecer de que caminhos já conhecidos são mais seguros? Tudo bem, já sei o que você respondeu, não fico ofendida não.
Interessante, desde a minha adolescência quando li Josué pela 1ª vez essa "paradinha" de manter distância da Arca me chamou atenção, ficou como uma “pulga atrás da orelha” (olha aí mais uma pérola), uma PD (Passagem Difícil) como chamamos na Escola de Estudos Bíblicos, ou pessoalmente PDPM (Passagem Difícil Pra Mim). Distância nunca teve conotação boa, né? Deus queria guiar o povo, mas ao mesmo tempo queria distância do povo, que “parada sinistra”(xiii saiu, e eu nem sei se o local é adequado para o uso). Desculpe, mas levei anos para capturar uma lição aqui, certamente você já havia “manjado” que por trás dessa distância estabelecida a mensagem que estava sendo acionada não era INACESSIBILIDADE. Deus não proporia o Novo e daria uma de Inacessível, “tipo” se virem porque agora estou ocupado, descubram por si mesmos o Novo caminho, esse tipo de ação não regula com o caráter Dele. É galera, levei anos para só agora entender que a distância comunicava exatamente o ACESSO a todos. Todos mesmo de longe poderiam ver a Arca da Aliança e serem guiados por ela ao Novo caminho pelo qual nunca haviam passado antes. Todos teriam visibilidade e não apenas um grupo privilegiado. VISIBILIDADE, gostei desse termo que expressa a forma como o Deus do Novo caminha comigo. O caminho Novo que Ele me propoe não é só meu ou de um grupo, é de todos, todos tem a oportunidade da visibilidade. O Deus que me guia, guia você. Gosto dessa atitude integradora do Pai.
É, a Arca propõe caminhos inéditos, de fato inusitados, por vezes assustadores pra mim. Normalmente esses caminhos não possuem precedentes para nos garantirmos neles. Tenho sonhado com coisas, momentos e oportunidades que nunca havia ambicionado antes. Isso dá um “frio na barriga” (ah não é possível que tenham aposentado essa expressão que decodifica tão bem a minha reação quando tenho que lidar com o que eu não planejei ter no meu roteiro). O Novo que não tem precedentes não fornece modelos paralelos a fim de serem ativados (só de pensar nisso fico apavorada, você não porque certamente você é uma pessoa resolvida, eu tenho meus enguiços). De fato, naquilo que chamamos Novo o único precedente que temos é o elemento que nos guiou até ele – a Arca, ou para os íntimos, a presença de Deus. Me veio à mente a confusão que aconteceu no mundo quando os navegantes que lideravam as grandes embarcações em alto mar eram guiados pelas “estrelas no céu”, sempre para o Norte, e uns tais de chineses ... risos, inventaram a bússola, mas quem acabou ficando com os louros foram os europeus ... questão antiga essa, mais antiga do que meu enguiço com o Novo. A bússola era um trequinho com 2 agulhas magnéticas, na verdade o nome bússola significa “pequena caixa”, e é exatamente isso o que ela é. Uma caixinha (claro que atualmente é mais sofisticada do que quando foi inventada, mas de qualquer forma continua cumprindo efetivamente sua vocação – indicar direção). Uma das agulhas de metal orientada por magnetismo sempre indica o Norte e a outra agulha também orientada por magnetismo indica a posição real. Não parece não, mas esse “negocinho” deu o que falar. Você acredita que homens treinados e experientes em ler a imensidão dos céus e guiar suas embarcações pela posição das estrelas iriam engolir facilmente que “naquela caixinha” estava a orientação correta que os fariam chegar a seus destinos? É sempre tem os otimistas que aguardam com ansiedade por uma novidade. Não penso que a bússola tenha sido introduzida no mundo das navegações sem nenhum tipo de resistência. Mas aquela caixinha pequena deu início a um Novo tempo no mundo. A humanidade deve à bússola todo o processo de expansionismo marítimo e comercial. Caraca!!!! Houve tempos que Deus guiou homens pelo mar através das estrelas, depois Ele permitiu que um pequeno instrumento os liderasse aos seus destinos – a bússola. Será que Deus tá querendo me liderar através da bússola e eu ainda estou agarrada à leitura das estrelas? Me deixar guiar pelas novas bússolas significa não olhar mais para as estrelas? É como diz a galera “tô bolada aí!”. Embarcações gigantescas sendo guiadas por uma caixinha. Um futuro sem precedentes sendo liderado por uma Presença. Preciso dar outros rumos ao meu entendimento sobre o Novo, ficar olhando para as estrelas nesse momento em que as bússolas já existem e estão disponíveis pode complicar consideravelmente minha rota. Tenho medo, mas o Novo tem uma essência, e a essência do Novo definitivamente não é a novidade por si só. O novo tem origem, tem nascedouro. O caminho Novo pelo qual o povo de Israel nunca havia passado antes tinha gênese – a Presença. O Novo divorciado da Presença é só mais um modelo vazio, “tipo” o sucesso meteórico de uma banda de rock que ninguém viu, ou ouviu mas afirmam ter feito um sucesso danado. Mas o Novo associado com a Presença tem significado, tem uma construção a executar, normalmente tem peso de benefício para a humanidade, tem peso de eternidade para muitos. Tem tempo de duração estipulado, depois se transforma em antigo porque já cumpriu o seu papel, já satisfez ao seu chamado. Mas o Novo quando associado à Presença é legítimo, não é mera cópia, ou informaticamente falando, não é um “download qualquer”de tempos passados, é único. Pode mudar as expressões, as cores, os formatos, mas a essência – Não, essa não. Talvez a melhor maneira que eu tenha no momento para representar o que tenho aprendido sobre o Novo gerado pela Presença e liderado por ela, é que quando olho para a História dos camaradas que rasgaram seus mapas para serem liderados pela Arca, ou para os que já “sacaram”, pela própria presença do Deus que tece a História de forma interativa com os homens, é que o Novo de Deus é legítimo, é igual as “sandálias havaianas”, elas já existem em torno de 40 anos, seu diferencial era ser um calçado feito de borracha, inicialmente circulou no mercado com as cores básicas e a tradicional branquinha. Ao longo dos anos as havaianas já ganharam inúmeras roupagens, virou objeto de grife, caro, deixou de calçar apenas os pés dos pobres e ganhou os pés das celebridades, mas ainda é dito sobre elas: A concorrência bem que tentou, mas não contava com a qualidade das “legítimas”, as únicas que “não deformam, não têm cheiro e não soltam as tiras”.
O caminho Novo que parece que Deus está me propondo é legítimo, pode ganhar cores e formatos diferentes em estações específicas de minha existência, mas continua tendo Gênese Nele, apenas Nele, somente Nele. Certamente isso tem me feito começar a tratar o Novo de forma menos animista e mais relacional. Mas devo confessar, ainda tenho medo.

Um desabafo da madruga por Hellen Braga (hellen_guia@yahoo.com.br)

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