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Archive for fevereiro 2014

Infectados pela Religiosidade

By : Kadu


Cada vez mais vejo as feridas que a religiosidade e o apego ao "si mesmo" em nome de Deus tem causado por aí.Tenho nojo disso!! E temo constantemente pelo poder que isso tudo tem de causar ainda mais mal. Creio que ainda tem muito mais por vir.
Às vezes pensamos que chegamos aos limites da loucura gospel, ao fim dos exageros e extremismos
religiosos legalistas, ao extremo do extremo do uso errado (proposital ou não) de trechos bíblicos, mas eu tenho uma notícia nada animadora: tem muito mais por vir!! Infelizmente!!!
Não há limite pra essa loucura, enquanto não "infectar" a todos e destruir a todos! É exatamente por isso que eu digo que isso não vai parar...
Felizmente nem todos são, nem nunca vão ser "infectados" por essas barbáries! E felizmente esses não são tolos de manter essa "vacina" permanente contra a tal "infecção" guardada somente pra si. Aliás, uma das marcas de quem é vacinado contra essas besteiras é a vontade de espalhar isso pra todo mundo, de não ficar calado!
Cada dia que passa vejo isso afetando realidades mais próximas de mim. Antes parecia distante, mas já me perturbava. Agora isso está se espalhando muito rápido, com uma força tão avassaladora que é difícil conhecer alguém que não conheça alguém "infectado" por esse mal.
Isso tem me incomodado demais. Vejo que ainda há muito pra ser feito, muito trabalho, e parece que cada dia aumenta mais.
Enquanto isso, os "infectados" parecem estar numa ilha, no "paraíso do bem", sentados na beira da praia, tomando sua água de côco, felizes porque tudo lhes vai bem, e a prosperidade tem atingido sua casa..., pensam que talvez seja isso que significa que eu e minha casa serviremos ao Senhor! Essa infecção causa sérios danos ao cérebro..., por isso pensam assim!
Vejo famílias perdendo seus filhos..., e não é porque os pais são péssimos, ou porque participam da tríade "fumo-bebo-transo", ou porque são ladrões, traficantes, as mães prostitutas, desvalidos, marginais, viciados, e todo tipo de mau exemplo que conhecemos na hora de criar os filhos. Não! Tenho visto famílias perdendo seus filhos porque vão na igreja!! Isso mesmo: PORQUE VÃO NA iGREJA!!!!!
A religiosidade, afinal, só entra nas mentes e corações dentro das igrejas! É um vírus que se alimenta desse ambiente..., é propício pra se alimentar e procriar ali!
A religiosidade, o apego excessivo às leis do NT (sem entendimento sobre elas), as regras "doutrinárias", os famosos "isso pode, isso não pode", a adoração a uma figura de destaque (pastor, apóstolo, bispo, missionário, profeta, etc.), os mantras gospel que são obrigatórios pra se ouvir todo dia, o dia todo, os "desencapetamentos", a destinação de tudo que não se concorda ao inferno..., enfim, são tantas coisas estranhas à bíblia que eu me ponho a pensar: "é tão claro, tão óbvio, porque isso tudo?"
Mas uma das coisas que esse vírus faz é mal aos olhos. O povo não enxerga, fica cego mesmo! E os alastradores desse vírus se utilizam disso pra manipular ainda mais. Afinal, cegos precisam de guia, e quem são os guias? Os líderes dessas igrejas!!!! Triste mesmo...
O uso da intimidação ("você vai para o inferno", "não tem perdão pra você", "você está em pecado", "desse jeito nunca será abençoado", "Deus te castigará", etc) também faz caminho para que o vírus se alastre. Na verdade esse é meio pelo qual ele se espalha mais rápido e com maior eficácia: a intimidação!
Fico triste. Principalmente porque esse vírus se utiliza da bíblia mesmo pra se alastrar. Gente que não sabe nada de bíblia, que não a estuda direito, que (antes de tudo) não tem relacionamento com o Deus da bíblia, usa ela de maneira completamente desconexa pra confundir as pessoas e fazerem com que elas dependam dos guias pra "interpretarem", mastigarem tudo e depois vomitar pra que engulam goela abaixo esse alimento podre, com sabor horrível, sem nutriente algum! É isso mesmo, muitas igrejas tem jogado vômito como alimento pra suas ovelhinhas. E estas comem e se saboreiam com isso, tamanha cegueira!
Infelizmente, quem nunca se deparou com a Verdade de maneira real e íntima, já está propenso a ser infectado por isso. Parecem ovelhas já marcadas para o matadouro..., não tem de onde tirar a Verdade
Aí dá pra perceber a bola de neve que se formou e que só tem crescido!
e correm pra quem se diz detentor desta. Apesar de terem culpa, não dá pra exigir muito de quem nunca viu nada de alternativo coerentemente sendo vivido. E como está difícil conhecer quem tem relacionamento com a Verdade e a vive em completa honestidade, da melhor maneira que podem (isso inclui suas quedas, problemas e lutas).
Temos que agir na raiz, temos que aproveitar a brecha que esse vírus tem deixado pra agirmos. Temos que nos encher de coragem e chegar nas ovelhinhas antes do vírus e vaciná-los com a Verdade, com o Amor!
Onde estão os remanescentes? Temos que trabalhar mais, remanescentes. Temos que espalhar essa vacina, porque o vírus tá se alastrando muito rápido!
A idéia do vírus e daqueles que estão infectados é destruir todo mundo com esse vírus. Por isso não param nunca, porque sempre terão os vacinados, que não se deixarão infectar por essa podridão, coisa que a cegueira dos infectados não permite que eles enxerguem!
Mas, cuidado, o vírus tem vindo com força e pode sofrer mutações até ficar bem parecido com a Verdade e, se possível, infectar até quem já tá vacinado..., não me pergunte como, não sei te responder, mas sei que a bíblia nos alerta dessa possibilidade.
Minha pergunta para os infectados, pra tentar abrir os olhos e o caminho pra vacina entrar: e o Amor, onde está? E a Graça? E o Pai, o Aba?
Amor, mais amor..., menos religião, por favor!!!
É o Amor que pode transformar o indivíduo, que pode transformar o mundo, não a religião, não as leis, não as regras, não os desencapetamentos, não as músicas gospel, não, não, não!!! Só o Amor!!!!!
Afinal, não se trata de nós..., mas de Deus!

Vida que segue - Meditando em Atos 3:1-13

By : Kadu

Certo dia Pedro e João estavam subindo ao templo na hora da oração, às três horas da tarde.
Estava sendo levado para a porta do templo chamada Formosa um aleijado de nascença, que ali era colocado todos os dias para pedir esmolas aos que entravam no templo.
Vendo que Pedro e João iam entrar no pátio do templo, pediu-lhes esmola.
Pedro e João olharam bem para ele e, então, Pedro disse: "Olhe para nós! "
O homem olhou para eles com atenção, esperando receber deles alguma coisa.
Disse Pedro: "Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto lhe dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, ande".
Segurando-o pela mão direita, ajudou-o a levantar-se, e imediatamente os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes.
E de um salto pôs-se de pé e começou a andar. Depois entrou com eles no pátio do templo, andando, saltando e louvando a Deus.
Quando todo o povo o viu andando e louvando a Deus,
reconheceu que era ele o mesmo homem que costumava mendigar sentado à porta do templo chamada Formosa. Todos ficaram perplexos e muito admirados com o que lhe tinha acontecido.
Apegando-se o mendigo a Pedro e João, todo o povo ficou maravilhado e correu até eles, ao lugar chamado Pórtico de Salomão.
Vendo isso, Pedro lhes disse: "Israelitas, por que isto os surpreende? Por que vocês estão olhando para nós, como se tivéssemos feito este homem andar por nosso próprio poder ou piedade?


Atos 3:1-13


Algo que devemos ter como importante nesse texto diz respeito ao olhar. Nos versículos 3, 4 e 5 temos uma troca de olhares que define as ações desses texto.
E essa troca de olhares é precisamente algo que falta a nós, cristãos, nos dias atuais. Aquele olhar atento, que não vê só o que pode ser visto, mas que olha além, com olhos da fé, não da crença simplesmente, mas da fé, do resultado do relacionamento com Deus.
Falta pra nós hoje olharmos com atenção os aleijados que são colocados todos os dias na nossa frente, no nosso caminho, por onde passamos. Falta enxergarmos quem estes são, porque estão ali, como chegaram onde estão, pra onde podem e devem ir. Falta olharmos para estes como Deus olharia, como Ele de fato olha!
O aleijado do texto deve ser aplicado a nós hoje pela figura dos desvalidos, dos rejeitados, dos mendigos, prostitutas, meninos de rua, dos marginalizados, daqueles que não tem como, por si só, chegarem a sair de onde estão..., precisam ser "levados" todos os dias até onde querem ou precisam estar. E muitos deles tem escolhido estar próximos de quem pode trazer algum refrigério, fazer alguma diferença, nós, os cristãos. Mas não os olhamos com olhares atentos, com os olhos da fé.
Por olharmos com olhos naturais, damos a eles o que pedem. Se nos pedem uma esmola, é esmola que terão. Se nos pedem água, é água que damos. Se nos pedem comida, é comida que damos. Se nos pedem pinga (sim, pinga!), é pinga que damos.
Esse ato de dar o que pedem, na maioria das vezes (infelizmente) não tem nada a ver com ato deliberado de dar ao próximo, pois dar é melhor que receber. Esse ato tem muito mais a ver com o fato de lavarmos nossas mãos, tirarmos de nossos ombros a responsabilidade, acariciar nosso individualismo, exaltar nosso egocentrismo gospel!
O resultado desse doar, sem parar pra olhar atentamente a real necessidade dos aleijados que estão no nosso caminho, é glória pra nós mesmos, pra instituição que representamos, pra mão esquerda que se levanta de alegria pra proclamar o que a mão direita acabou de fazer! Não é Deus reconhecido nesse ato, nem glorificado, nem é sinalizado o Reino de Deus. Simplesmente, vida que segue..., amanhã o aleijado, já acostumado com isso, pede pra alguém levá-lo lá de novo pra que receba de novo de uma água que não sacia. Vida que segue..., ninguém é tomado de "assombro", ou de "espanto", de admiração ou perplexidade, porque todos estamos acostumados com o menino de rua que pede esmola no semáforo..., abrimos o vidro (quando abrimos!) e damos uma moedinha. E vida que segue...
Mas, se é o Reino de Deus que queremos proclamar, se é a Glória devida a Ele que devemos demonstrar,
devemos rever nossa maneira de olhar para os "aleijados" em nossos caminhos. Repito, esse aleijado pode ser a situação que for, racismo, desavença, desemprego, imoralidade, deficiência, pobreza, injustiça, desigualdade, guerras, fome, problemas de saúde, etc. Seja o que for, se olharmos para essas situações com olhos "carnais" (não gosto dessa palavra mas não encontro outra pra descrever o que quero), com olhos naturais, daremos a estes o que estão pedindo e recebendo vez após vez, sem contudo alcaçarem aquilo que poderia saciar e resolver o real problema enfrentado. Muitas vezes, como aconteceu com os apóstolos, o fato que vemos nem será o fato verdadeiro a ser enfrentado. O aleijado pediu dinheiro, uma esmola, achando que aquilo resolveria seu problema atual, mas os Pedro e João, por olharem atentamente pra ele, viram que seu real problema era outro..., e ao resolverem o problema real, os outros também seriam resolvidos. Decidiram que, praquele momento, buscar o Reino de Deus e sua justiça em primeiro lugar naquela situação, é o que poderia acrescentar as outras coisas.
Sempre deve ser assim!
Mas, imagina qual seria o resultado se Pedro e João tivessem ignorado aquele aleijado jogando suas esmolas!? Se o aleijado fosse "legalzinho" ficaria grato e poderia honrar aquele ato dos dois e, vida que segue. Talvez se tornaria seguidor deles, indo onde os apóstolos fossem pra conseguir sempre uma "boquinha"..., é claro que alguém precisaria continuar levando ele até os apóstolos! E Deus? E o Deus dos apóstolos? O Deus dos oprimidos e injustiçados? 
Agora a pergunta, aquela que nos incomoda: qual a resposta que VOCÊ E EU, com nossas vidas, temos dado às questões que os "aleijados" dessa vida nos trazem todos os dias?
Como responderemos as situações de injustiça e desigualdade que enfrentamos e vemos diariamente? Infelizmente, temo que se esse aleijado vivesse hoje e estivesse na porta de nossos templos receberia prata e ouro!! Dia após dia..., numa promessa "infalível" de prosperidade se confessasse seus pecados e vivesse pela "fé"! E vida que segue...
O resultado de nossa péssima resposta, sem olhar atentamente para os reais problemas, é glória pra nós mesmos, pra nossas instituições, pra nossas religiões, pra nossas ONG´s e ações..., bem diferente do resultado promovido pela ação dos apóstolos com o aleijado. Leia o capítulo inteiro pra perceber isso.
Repito: como nós, cristãos que vivenciam tantos problemas nos tempos atuais, temos olhado para os problemas? Como temos respondido? Qual o resultado de nossa vida de fé, de nossas ações práticas?

Quer ver as paredes tremerem?

By : Kadu
 Cuidado, contém imagens fortes abaixo!

Agora, Senhor, considera as ameaças deles e capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra corajosamente.
Estende a tua mão para curar e realizar sinais e maravilhas por meio do nome do teu santo servo Jesus".
Depois de orarem, tremeu o lugar em que estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus.
Atos 4:29-31


Tem muita gente que gosta do versículo 31 de Atos capítulo 4. Muitos relatam maravilhas como essa em tempos que passaram orando, seja na igreja ou "no monte". Muitos citam isso com desejo ardente de que aconteça, colocando nisso um poder testificador de alguma coisa.Vai me dizer que você também nunca quis experimentar isso: enquanto ora, ou ao término de sua oração "poderosa", tremer tudo!?
Não sou cético ao ponto de duvidar que isso realmente ocorra ou já deve ter sido experimentado por você. Até algo diferente mas com o mesmo "poder" sobrenatural, de verdade, não duvido...

O que me deixa cético a ponto de duvidar da grande maioria dos casos relatados e daqueles que desejam que isso ocorra é o fato de não compreenderem algumas coisas relacionadas a esse texto.
Muito se tem dito que maravilhas e milagres não são rotineiros (senão obviamente não seriam milagres!) e que eles ocorrem apenas pra sinalizar algo maior, pra trazer glória ao Cordeiro, pra mostrar quem Ele é, pra atrair pessoas a Ele. Porém, não sei se é algo demoníaco (pode muito bem ser) ou bobeira nossa mesmo, que nos cega e faz com que esse discurso seja repetido, me parece, em vão.
Enfim, além de não entendermos isso, muitos de nós não estamos também dispostos a compreender onde nosso compromisso com Deus pode nos levar num mundo tão corrompido como o que vivemos. O compromisso dos apóstolos, no trecho que nos baseamos pra buscar os "tremores espirituais", trouxe a eles sofrimento! Verdade!! Sofrimento!! Não trouxe glória, carros novos, prosperidade material, salários maiores, promoções, saúde perfeita, etc. Trouxe a eles outra coisa que rejeitamos e temos como atestados de falta de fé, pecado ou possessão: perseguição! E perseguição pelos líderes das igrejas!! Impressionante não?
Pois é, se hoje você é perseguido pelos líderes das grandes e proeminentes igrejas, bye-bye tremor
depois que você ora! Isso porque você vai ser taxado de "rebeldão" e aí, como é que Deus vai sacudir alguma coisa? A não ser que ele trema tanto que as paredes caiam sobre você, pecador!!! (Brincadeira!)
Bom, infelizmente (ou felizmente!) não é bem assim. Nossa proximidade com Deus e com seus planos pode (deve?) muito bem acarretar consequências naturalmente desastrosas! Principalmente problemas relacionados a perseguição religiosa. E não por não- religiosos, mas pelos mais influentes e conhecidos religiosos ao seu redor, infelizmente!
Está disposto a isso? A consequência é tremer o lugar que você estiver orando!
Mas espera, não tão rápido!!!! Tem gente compreendendo essas situações mas deixando passar despercebido algo também muito importante revelado nesse texto. O que foi que Pedro, João e o povo ali orou a respeito disso que estavam passando (perseguição, enfrentamento, prisão, tortura)? Se talvez fosse antes, João ainda oraria pra descer fogo sobre esse povo!!! Talvez fosse você e EU, também pediríamos isso! Mas, numa plena compreensão da Nova Aliança, revelada naquEle que eles estavam pregando, Jesus Cristo, eles oram simplesmente pra que Deus considere (apenas considere!) as ameaças e os capacite a pregar mesmo assim! Eles pedem poder, não pra ficarem ricos, terem
influência na mídia e na política, serem prósperos e assim conquistarem mais público pra que vejam que eles não são tão ruins assim e os "perseguidores" caiam em descrédito..., eles pedem poder pra continuarem pregando, pra que tenham coragem de continuar fazendo o mesmo, ainda que nada ao redor mude..., o que de fato ainda não mudou, até os dias de hoje(em relação a persguição)! Imagina só se a ideia toda fosse pregarmos até onde desse, até quando tivéssemos liberdade, e, se não mais a tivéssemos, fugíssemos ou pedíssemos pra Deus acabar com tudo, tipo "Mi-mi-mi..., misericórdia!" e essas manhazinhas que ainda temos. Imagina só se eles tivessem deixado a prerrogativa de que tínhamos que orar é pra ficarmos, então, na nossa, dentro de nossas comunidades, quietinhos,
pregando só pra quem quer ouvir, ou praqueles de nossos "clubes" de final de semana? Não!!! A prerrogativa é ao contrário..., a ideia é não nos intimidarmos e termos ainda mais coragem, pregarmos mais, sairmos por aí realizando sinais e maravilhas ainda mais, com o objetivo claro de apontar pra Ele, somente Ele!
O que tiramos de tudo isso? Queremos experiências com Deus, mas tenho absoluta certeza que Ele não vai dar pra maioria de nós!! Porquê? Porque as queremos pra massagear nossos egos, pra parecermos maiores e melhores para os outros, pra que nosso ministério ganhe destaque, pra que a parede trema quando EU estiver orando, etc. Não! Porque queremos nos fechar ainda mais, ainda
com a "coragem" (ou seria a falta dela?) de agradecer porque temos liberdade de culto onde estamos vivendo! Não! Porque não queremos nos comprometer com Cristo e promover seu Reino, sua Glória e seu Poder, mas somente nós mesmos, nossa denominação, nosso nome, nosso ministério! Não! Porque quando "sofremos" algum ataquezinho, por menor que seja, logo nos enchemos de "mi-mi-mi" e síndrome de coitados, nos acovardando ou pedindo pra Deus descer a porrada nesses que nos "perseguem", muito mais do que apenas considerar os ataques dos "perseguidores".
No final de tudo, ainda oramos, e choramos, e cantamos, numa "lovação" sem noção, esperando que as paredes tremam pra podermos celebrar o quanto somos bons! Esse é o resultado!!
Mas esse é o resultado da oração da época, do tremor das paredes praqueles  seguidores de Cristo? Absolutamente não! Eles se encheram do Espírito Santo, cheios de coragem pra pregar as boas novas por aí, e até mesmo pra aguentar a dispersão! E não só isso, se você seguir lendo esse texto, vai ver mais resultados pra vida cotidiana e prática da comunidade.
Te deixo a pergunta: quer ter "experiências sobrenaturais e espirituais"? Quer ver as paredes tremerem? Sim? Então aproveita e queira também coragem pra enfrentar perseguição, prisão, xingamento, porrada, espada, morte e tudo mais, até mesmo dos seus ídolos e líderes religiosos e gospel da atualidade. Aproveita e pede também pra renunciar a si mesmo, aos seus bens. Pede pra Deus te dar coragem de vender tudo o que tem pra compartilhar com quem precisa. Pede coragem pra
pregar o evangelho até mesmo se alguém te colocar uma arma na cara! Pede força pra aguentar uma dispersão se for necessário pra que Cristo seja glorificado na sua história!
Quer fazer as paredes tremerem?? Certeza?
Lembre-se, não se trata de você, mas dEle!!
Agora, Senhor, considera as ameaças deles e capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra corajosamente.
Estende a tua mão para curar e realizar sinais e maravilhas por meio do nome do teu santo servo Jesus".
Depois de orarem, tremeu o lugar em que estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus.

Atos 4:29-31

Pensamos o suficiente quando lemos a Bíblia?

By : Kadu
Texto extraído do site da Ultimato, pra ler no seu lugar de origem clique aqui!

“Todos nós temos uma tendência a pensar que o mundo deve estar de acordo com os nossos preconceitos. A visão oposta envolve algum esforço de pensamento, e a maioria das pessoas iria morrer antes de pensar - na verdade, é o que fazem.”1 A frase é do matemático e filósofo ateu Bertrand Russell (1872-1970). É cutucão oportuno para que cristãos e não cristãos se perguntem se pensam – o suficiente, talvez – quando leem a Bíblia.

Arthur L. Schawlow, prêmio Nobel de Física de 1981, considerou que “somos afortunados em termos a Bíblia, e especialmente o Novo Testamento que nos fala sobre Deus em termos humanos muito acessíveis, embora também nos deixe algumas coisas difíceis de entender.”2 Schawlow via na Bíblia valiosa fonte de conhecimento, da qual não se usufrui sem significativo envolvimento da mente, visto que ela também nos deixa “algumas coisas difíceis de entender.”

Obviamente há os que preferem não ler a Bíblia; desses, muitos se julgam capazes, mesmo assim, de opinar sobre o cristianismo. No meio acadêmico a situação é particularmente curiosa. O Prof. John Suppe, da Universidade de Princeton, membro da Academia Nacional de Ciências dos EUA, parafraseou o que lhe caiu como raio em certa ocasião na capela universitária de Princeton, ainda antes de se tornar cristão convicto: “Vocês [professores e estudantes] conhecem muito bem o seu negócio acadêmico. Mas seu conhecimento do cristianismo é de jardim da infância.”3 Pois para conhecer a proposta cristã é preciso ler e entender – ao menos até certo ponto – o relato bíblico.

Quando lemos a Bíblia, a reflexão cuidadosa – como acontece também em ciência – precisa proceder em estrita conformidade com a natureza objetiva do que está sendo lido e estudado. Assim, por exemplo, é preciso dar aos evangelhos (a parte da Bíblia que trata da história de Jesus) a oportunidade de comunicar sua mensagem; e Jesus precisa ser entendido de acordo com seu próprio discurso. Por isso não “vale” ler passagens bíblicas desconsiderando o contexto, inclusive as intenções nele expressas, ou ainda munido de preconceitos ou premissas especulativas. O evangelho de Lucas, por exemplo, precisa ser lido como um texto escrito pelo motivo exposto logo no seu início. Ali, Lucas informa a Teófilo, seu primeiro leitor, que lhe “pareceu conveniente, após acurada investigação de tudo desde o princípio, escrever de modo ordenado... para que verifiques a solidez dos ensinamentos que recebeste.” (Lucas 1.1-4) Semelhantemente, o evangelho de João precisa ser lido considerando que foi escrito “para que vocês creiam que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. E para que, crendo, tenham vida por meio dele” (João 20.31). Da mesma forma, é imprescindível lembrar que o Novo Testamento é portador de informação de “testemunhas oculares” (2 Pedro 1.16). E assim por diante.

Com relação ao discurso de Jesus, principal veículo da mensagem do Cristianismo, percebe-se que ele:

- É desafiador: “Eu lhes mostrarei a que se compara aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as pratica. É como um homem que ao construir uma casa, cavou fundo e colocou os alicerces na rocha. Quando veio a inundação, a torrente deu contra aquela casa, mas não a conseguiu abalar, porque estava bem construída. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as pratica, é como um homem que construiu uma casa sobre o chão, sem alicerces. No momento em que a torrente deu contra aquela casa, ela caiu, e a sua destruição foi completa” (Lucas 6.47-49).

- É relacional: “Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor... O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei” (João 15.9 e 12).

- Não é endereçado aos autossuficientes: “Respondeu-lhes Jesus: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos; eu não vim chamar justos, mas pecadores, ao arrependimento” (Lucas 5.31-32).

- É voltado à satisfação e segurança do homem: “O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente.” (João 10.10). Disso pode resultar em nós a “confiança em que Deus me será fiel em qualquer situação da vida, e em que Ele é o garantidor e o fundamento da minha vida, de forma que minha vida não mais poderá perder seu sentido.” Esse foi o testemunho do Prof. Helmut Thielicke (1908-1986), ex-reitor da Universidade de Hamburgo.

O chamado de Jesus na passagem de Lucas 5 mencionada anteriormente, e suas consequências são explicadas com maior detalhe por Paulo de Tarso:

- “... deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês.” (Romanos 12.2)

- “É preciso que o coração e a mente de vocês sejam completamente renovados.” (Efésios 4.23)

É por isso que a leitura da Bíblia nos leva a “ler” nossa mente de forma crítica, e a reconheceremos nela não o instrumento soberano ao qual tudo se deve submeter, mas o grande instrumento que precisa da “completa renovação” operada por Deus, o soberano. A Bíblia e a mente: precisamos de uma para ler a outra.

Notas
1. Bertrand Russell – The ABC of Relativity, 1a edição, 1925.
2. Em H. Margenau e R.A. Varghese (editores) – Cosmos, bios, theos, Open Court, Chicago, 1992. ISBN 0812691865.
3. John Suppe – “Odinary memoir,” em P. M. Anderson (editor), Professors Who Believe, InterVarsity Press, 1998.

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