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Archive for outubro 2013

Mudando o mundo - Uma fralda de cada vez

By : Kadu

Aí não importa o que o ser humano escolha fazer com sua vida algumas pessoas tem esse desejo, de ser relevante no que faz, ter voz e trazer alguma transformação boa para esse mundo.

É óbvio que existem visões diferentes em como isso pode ser feito e alguns são bem mais radicais do que outros em suas escolhas mas no final dá no mesmo. Todo mundo deseja que o "mundo" veja o "mundo" através de seus olhos.

Como comentei em posts anteriores, o nosso desejo como família é fazer com que as pessoas tenham um relacionamento com Deus trazendo dignidade para os seres humanos que de alguma forma foram roubados do direito de se sentirem dignos na sociedade aonde vivem.

Acabamos de voltar de uma viagem ao redor do mundo aonde tivemos o privilégio de conhecer muitas pessoas e influenciar a vida de algumas delas. Confesso que quando cheguei em casa fiquei um pouco deprê pensando: "- Poxa, agora vou ficar em casa cuidando da Isabella, enquanto o Ricardo está lá fora 'ajudando a mudar o mundo!'"

Mas aí lembrei que, alguns meses atrás logo que a Isabella nasceu tive uma crise parecida, e processando a respeito tive algumas revelações e hoje decidi compartilhar por aqui.

Trabalho em um Instituto de Cinema, aonde antes de ter a Isabella, ajudei a treinar centenas de alunos de todas as partes do mundo com mídia e fotografia para que eles fossem lá fora 'dignificar' a humanidade e dar voz aos sem voz com suas fotos e vídeos. Tivemos vários resultados positivos como uma mudança de lei no Panamá relacionada adoção assim também como muitos desafios. Com essas e outras histórias vindas de várias partes do planeta a sensação que se tem é que você realmente está fazendo uma diferença nessa terra nem que seja minúscula, mas que é parte de algo.

Agora que fico mais em casa do que lá fora, as vezes bate a crise em mim e em muitas outras mães amigas minhas que se sentem da mesma maneira, de que você está perdendo algo. É como se em nossa geração fossemos treinadas de uma maneira tão individualista e egoísta que, aquilo que antes era orgulho no tempo de nossas avós e tataravós, virou vergonha e nos passa a sensação de que fomos diminuídas em nossas vida por causa da maternidade.

A minha experiência não é muito diferente daquelas mamães que sofrem entre as palavras "carreira" e "maternidade" como se uma competisse com a outra.

Quem disse?? Aonde está escrito que uma tem que competir com a outra?

Porque se pararmos pra pensar, usando meu exemplo, fotografia é apenas o meu trabalho mas isso não define quem eu sou como pessoa. É o que amo fazer e a ferramenta que uso no momento para dar luz e voz. Ser mãe está dentro de mim gravado em todas as células do meu corpo mesmo antes de dar a luz a minha primeira filha. Mesmo se perdesse meus filhos um dia, JAMAIS deixarei de ser mãe,

uma vez mãe sempre mãe.

Isso mostra a importância desse papel na vida das mulheres e o fato da sociedade ocidental ter diminuído tanto ao ponto de trazer culpa ao coração daquelas que nasceram para serem mães. Seja de sangue ou de coração, não tem experiência no mundo que revele o amor MAIOR pra nós do que a maternidade. Filhos não são um peso, filhos são investimento, eles que irão definir o futuro das cidades, dos países, do mundo.

Um dia dirigindo o carro voltando de um projeto fotográfico me senti meio confusa em relação ao meu papel agora com um bebê de dois meses no colo e uma máquina no pescoço. Senti uma voz compartilhando comigo assim: "Nádia, todos esses projetos por mais que influenciem o mundo e venham impactar a humanidade, um dia eles estarão em prateleiras ou guardados em caixas e ninguém vai lembrar mais deles, eles são momentâneos, em 10 anos tudo isso que você se encontra envolvida hoje será diferente, mas em 10 anos seus filhos estarão lá, sendo preparados para amar e influenciar a próxima geração...

Nádia, SEUS FILHOS SÃO AS FLECHAS MAIS AFIADAS QUE VOCÊ POSSUI PARA MUDAR O MUNDO, INVESTE NELES E VOCÊ NÃO VAI SE ARREPENDER..."

Tive um choque dentro do carro e comecei a pensar que tudo nessa vida passa, mas que as coisas mais preciosas que possuo hoje são os bons ensinamentos que recebi dos meus pais e as memórias que me construíram para ser quem sou hoje. É óbvio que a vida é um aprendizado sempre, estou longe da perfeição mas caminhando para ser uma pessoas melhor. É isso que desejo para os meus filhos, que eles entrem nessa jornada para descobrirem e serem TUDO o que foram criados para ser. Que eles guardem princípios bons e priorizem o que é mais valioso nessa vida: Deus, o amor e o próximo. De que eles saibam que tudo o que é material que a gente sonha em ter todo dia, vai passar, mas as memórias ficam.

Quero aprender a lançar meus filhos pro alvo daquilo que o Criador tem sonhado pra eles. E que isso seja parte da pequena porção que possa mudar o mundo. Eu não tenho controle sobre as escolhas que eles irão fazer no futuro mas eu posso lançar sementes no coração deles para que sejam inclinados a fazer escolhas boas na vida.

Sim, eu sonho com projetos fotográficos muito loucos, sonho em viajar o mundo e documentar as histórias de mulheres, orfãos e refugiados. Sonho em entrar em lugares para trazer imagens que o mundo não vê no dia a dia, sonho em documentar o dia a dia dos lugares aonde o mundo não crê haver esperança. Sonho alto e sonho louco, mas sei que nunca deixei de mudar o mundo e ser uma partícula relevante nessa história que envolve bilhões, o que mudou é a maneira como estou fazendo isso nessa fase da vida.

Mudando o mundo.... uma fralda de cada vez ; )

Texto escrito por Nadia Otake, é mãe (antes de tudo!), missionária de Jocum no Havaí, fotógrafa, casada com Ricardo Otake e mãe da pequena (e linda) Isabella. São amigos muito queridos e que fizeram e continuam fazendo muita diferença pra muitas pessoas mundo afora! A família Otake escreve em seu blog pessoal sobre seu dia a dia e suas aventuras, e você pode acessar clicando aqui!

Barcos e Lírios

By : Kadu


Penso, paro, sonho e logo me arrisco
pela doce serenata que cantas para mim o sol adormece.
O céu se torna claro, calmo e carente de atenção,
pano de fundo para minha oração.

O que dizer? Grande tem sido suas obras.
Ouço um sussurro ao pé do ouvido pela manhã me dizer:
Não temas, espere, caminhe, EU SOU.

A segurança me envolve de sonhos
à sombra de suas asas eu descanso e confio.
Teu amor lança fora meus medos e me torna
vivo na verdade da luz.

Por fim, acabo mesmo por não temer,
nem a morte, nem a sorte,
nem a cruz, nem o recomeço.



Me deito novamente e me deleito em tua graça.
A noite me abraça, envolvendo-me em um sonho
de barcos e lírios. Enfim, a esperança.




Poesia feita pelo mano, mestre e pastor Gustavo Torres, novo integrante deste blog.
Seja bem vindo meu querido!

Percepções de si mesmo

By : Kadu


Necessitamos ser amados. O orgulho é uma espécie de disfunção na capacidade de perceber-se amado. Portanto,  o orgulho pode ser o estado de uma alma insegura, a manifestação de uma carência que desconfia jamais ser suprida. 
Vive-se como se a vida fosse um concurso. Só que o orgulhoso procura, além disso, não apenas ser classificado, mas ser o primeiro. Afinal, ele não pode viver sem provar a si mesmo e exibir aos outros que ele é melhor.
Geralmente o orgulhoso não tem consciência de que é assim. Entende-se apenas como esforçado,bastante dedicado, que se interessa inteiramente pelas coisas, que não desiste - enfim, um brasileiro superior. A razão pode ser um forte apoio para justificar -se e defender-se inconscientemente.
O que predomina naquele que é tomado pelo orgulho é a competição. E quem compete, necessariamente, precisa observar o outro. Vive prestando atenção no desempenho do próximo a fim de superá-lo. Ou seja, a comparação é como o ar que ele respira. Não consegue viver sem isso, está o tempo todo julgando.
O orgulhoso é compelido a insinuar seus feitos todo o tempo. Ofender-se não é mencionado. Considera-se facilmente injustiças e que os demais são ingratos,  quando se trata,  na verdade, de dificuldades suas.
Dominado pelo orgulho, assume um jeito de viver em que a autossuficiência se revela, às vezes, discretamente, em outras ocasiões, explicitamente. Assim seus dias ficam mais cansativos, pois vivem acorrentados ao peso de não poderem pedir ajuda. sentem como se isso fosse uma vergonha mortal.
Tudo isso compromete sua capacidade de gratidão. O orgulhoso vive inconformidade com a falta de reconhecimento dos que o cercam quanto a tudo que já fez. Chega a julgar o próprio Deus e vê-se no direito de explicar por que percebe que de certa forma Deus está em dívida com ele. Em última análise, pode concluir que Deus não é de fato confiável, pois não é justo. Sendo assim, vive uma solidão cruel, que se esmera por disfarçar.
A alma adoecido pelo orgulho acaba por viver seus dias miseravelmente. Vê inimigos o tempo todo sente uma perseguição implacável em seu cotidiano. Portanto, envelhece com raízes de amargura, com dureza ímpar, com sofrimentos desnecessários. A distorção na maneira de olhar e interpretar a si mesmos, os outros e o seu contexto enruga a alma de tal maneira que poucos vestígios sobraram da imagem de Deus, o criador.

Tais Machado, paulistana, é psicóloga clínica e professora em seminários teológicos. É secretária nacional de capacitação da Aliança Bíblica Universitária do Brasil. Escreveu esse texto para Ultimato, novembro-dezembro 2011, n 333.

O espetáculo da Graça!

By : Kadu

Esse vídeo veio a mim através de um compartilhamento no facebook e não pude deixar de meditar, pensar e chorar com ele. Não sei você, mas eu sou extremamente sensível quando o assunto é receber algo infinamente maior do que se pode doar..., a isso chamo Graça!
Assim como a garotinha, que deu aquela moeda, somos também eu e você, sempre achando que vamos "recompensar" Deus por seu bom "espetáculo", sua boa canção, que chega até nossos ouvidos. Por exemplo, quando temos nossos momentos de música na igreja, (que todo mundo chama de louvor mas que prefiro chamar de "louvação"), é o mesmo que jogar a moeda no chapéu de Deus. Pense bem, achamos que dar glória a Deus é recompensá-lo com uma atitude que poderia até surpreendê-Lo, como dar algo de nós. Entenda meu querido: nenhuma atitude de doação de nossa parte, ou de renúncia, por maior e mais bonita que seja, jamais vai se comparar à orquestra que o Pai já nos deu através do maestro Jesus Cristo!! Não há moeda que possa pagar o preço pela surpreendente orquestra de Deus!
Qualquer que seja nosso serviço em prol do Reino, em prol da igreja, em prol de Deus, nunca poderá substituir o servir de Deus, através de Jesus Cristo, à toda humanidade. 
Tenho certeza que a idéia de alguém colocar a moedinha ali era simplesmente pra ser participante do que iria rolar de qualquer maneira. Assim também nossa vida pra Deus, nossas ofertas, nossas renúncias, nossa louvação, nossos cultos, tudo esteja em seu devido lugar, não para superestimar que nós somos, mas pra que simplesmente sejamos participantes do serviço de Deus por todos nós, da sua Graça irresistível, do seu Amor incomparável! Que o privilégio daquela garotinha nos ensine..., que possamos nos sentir privilegiados por termos acesso livre pra participarmos de tamanho evento que Deus está realizando nesse mundo!
Que possamos olhar pra nós mesmos de maneira mais humilde, entendendo que o show já está preparado, pronto, ensaiado..., e que Deus tem a melhor música, o melhor arranjo..., e que Ele não se surpreende conosco mas, ao contrário, nos surpreende todos os dias com sua bela música, com seu "inesperado" acontecendo.
Que possamos apenas sentar e escutar a boa música, do grande maestro e sua orquestra...

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